Páginas

Mostrando postagens com marcador traição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador traição. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 18 de junho de 2013

Neyde Maria Lopes

Neyde Maria Lopes, também conhecida como ‘A Fera da Penha, nasceu no Rio de Janeiro à 02 de março de 1937.

Neyde fora acusada e condenada a 33 anos de prisão em regime fechado, nos anos 60, de sequestrar, assassinar e incendiar uma criança de 4 anos nos fundos do Matadouro da Penha, no bairro de mesmo nome no subúrbio do Rio de Janeiro.

Tudo começou em 1959, quando ela conheceu Antônio Couto Araújo, e se apaixonou em pleno Central do Brasil. Na época, Neyde tinha 22 anos.

Por cerca de três meses eles se encontravam. Porém Neyde logo acabou descobrindo, por meio de um amigo, que Antônio constituía uma família (esposa e filha). Após saber disto Neyde pediu para Antônio abandonar sua família e ir morar com ela; porém Antônio não aceitou, dizendo que nunca abandonaria sua família. Neyde então traçou outra tática: resolveu se aproximar da família Araújo.

Fingindo ser uma velha colega de colégio de Nilza Coelho Araújo, esposa de Antônio, ela conquistou a confiança desta e assim passou a visitar e conviver constantemente com eles, apesar de Antônio não aceitar.

O real motivo para Neyde ter feito isso é que ela não queria ser apenas “a outra” na vida de Antônio, e como ele não se entregaria facilmente à ela, decidiu tramar uma vingança contra seu próprio amante. Neyde viu em Tânia Maria Coelho Araújo, a “Taninha”, de apenas 4 anos de idade, seu alvo perfeito para a vingança.

Conhecendo a rotina da casa do amante, principalmente os horários em que as crianças iam e vinham da escola onde estudavam, bolou um terrível plano: Neyde ligou para a escola e, passando-se por Nilza, disse que Tânia teria que voltar mais cedo para casa e que uma vizinha iria buscá-la. O pessoal da escola de nada desconfiou, e Neyde saiu com Tânia aparentemente despreocupada.

Mais tarde, quando Nilza fora levar o lanche de Tânia, foi informada de que a filha havia saído mais cedo conforme ela pedira ao telefone. Reconheceu as feições de Neyde conforme descritas pelo pessoal da escola. Desesperada Nilza recorre ao marido, que na hora ficou convicto da participação de Neyde, mas como ela sempre se mostrara cordial, não obstante suas cobranças para que ele abandonasse a família, pensou em muita coisa, menos na possibilidade de que Neyde pudesse fazer algum mal à sua filha.

No entanto, Neyde levou a garota para diversos locais, inclusive para a casa de uma amiga, ao mesmo tempo em que adquiriu uma garrafa de álcool em uma farmácia por onde passara. Em casa, Antônio e Nilza aguardavam, aflitos, algum contato de Neyde ou mesmo alguma notícia da filha desaparecida. A chegada da noite deixou o casal mais angustiado, agora desconfiado e temeroso de que algo de muito ruim poderia ter acontecido. Às oito e meia da noite, Neyde decidiu que Tânia tinha que ser sacrificada.

Inflexivelmente, dirigiu-se ao Matadouro da Penha, sabendo que, àquela hora, ele estaria completamente deserto e, sem dó nem piedade, agarra o revólver, mira a cabeça da garota, dá-lhe um tiro. Em seguida pega a garrafa de álcool, despeja o líquido sobre o corpo estendido no chão e lhe ateia fogo. Logo abandona o local, dirigindo-se para sua casa.

O julgamento de Neide, exatamente como acontece com todos os crimes de grande repercussão, se tornou uma arena de circo, cada jornal ou revista trazendo reportagens com mais adjetivos do que substantivos. 

O resultado foi o esperado: “A Fera da Penha” foi condenada a 33 anos de prisão, saindo, ainda jovem da prisão, por bom comportamento, após cumprir 15 anos. Tempos depois, em desabafo com o radialista Saulo Gomes, confessou com frieza e calculismo todos os detalhes do crime, o que acabou lhe rendendo popularmente a alcunha que dura até hoje. 

Antes do crime, levava uma vida pacata, sem maiores sobressaltos. Depois do crime, levou uma vida incógnita, pacata, sem sobressaltos e se dedicou a trabalhos filantrópicos. Está viva, bem, e mora no Rio de Janeiro.

Créditos para o Década de 50.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Henri Désiré Landru

Henri Désiré Landru foi uma assassino em série francês, que recebeu a alcunha de Barba Azul.

Ele era um homem pequeno, menor do que a maioria, com uma cabeça careca e grossa, barba vermelha-acastanhada. Suas sobrancelhas eram grossas e espessas e arqueadas acima de seus olhos escuros, dando a impressão de que ele estava sempre espantado ou surpreso.

Nascido em Paris à 12 de abril 1869, após deixar a escola ele passou quatro anos no Exército. Ele seduziu uma prima e teve uma filha com ela, mas se casou com outra, dois anos depois, com quem teve quatro filhos. Sofreu um golpe financeiro, aplicado por um falso patrão, o que o enfureceu e provavelmente lhe serviu de inspiração.

O esquema funcionou bem por algum tempo, até 1900, quando Landru fez sua primeira aparição em um tribunal francês como um criminoso. Ele foi condenado a uma pena de prisão de dois anos por fraude depois que ele tentou retirar fundos do Comptoir d'Escompte, usando uma identidade falsa. Após sua prisão Landru tentara (alguns dizem que fingiu tentar) suicídio na cadeia.

No ano de 1908, Landru, já cumprindo pena em uma prisão parisiense por fraude, foi trazido para Lille para ser julgado por outro golpe. Ele havia colocado um anúncio matrimonial em um jornal, retratando-se como um viúvo buscando a companhia de uma viúva em situação semelhante.

Ele foi libertado pouco antes da Primeira Guerra Mundial, provavelmente com o entendimento de que ele iria voltar a alistar-se no exército francês. Ele já havia levado seu pai ao suicídio sobre sua ilegalidade e deixou sua família totalmente falida. A mãe de Landru tinha morrido em 1910.

Com a Primeira Guerra Mundial, grande quantidade de homens se alistaram e eventualmente morriam durante o serviço militar, deixando muitas mulheres viúvas que Landru pretendia assediar.

Landru iniciou os assassinatos, provavelmente por estrangulamento. Depois queimava e desmembrava os corpos das vítimas.

Landru era inteligente e eloquente, não só com as mulheres, mas também com seus companheiros e outros homens. Durante todo o tempo que ele estava se aproveitando de mulheres, Landru foi também fraudar cansados ​​soldados recentemente dispensado de suas pensões.

Landru não era um psicopata simples como os outros assassinos em série. Ele tinha um senso de certo e errado, mas não se aplicava as mesmas regras para si mesmo. Ele mostrou um sentimento de remorso por algumas de suas ações — e não seus homicídios — expressando constrangimento no tribunal que sua esposa, iria descobrir que ele estava traindo ela por causa de certo testemunho.

Colocar uma etiqueta em Henri Landru é difícil porque ele não se encaixa em uma classificação de crime específico. Na melhor das hipóteses, ele pode ser chamado de assassino múltiplo.

Ele não pode realmente ser considerado um serial killer, porque um serial killer está atualmente definido como pessoas que matam três ou mais vítimas, em diferentes locais e em ambos uma forma organizada ou desorganizada, com algum tipo de período de reflexão entre os assassinatos.

Na maioria das vezes os assassinatos são o culminar de um acúmulo de raiva ou luxúria, e que o assassino descobre uma sensação de alívio após o assassinato. Eles têm uma grande quantidade de controle sobre sua seleção vítima e a hora dos crimes, e suas identidades não são geralmente conhecidos até o momento da prisão. Landru reúne alguns desses critérios, mas os intervalos de tempo entre os assassinatos foi causado por sua necessidade de se aproximar de suas vítimas, a fim de obter uma recompensa financeira. 

Se o sexo ou a raiva estava na raiz de sua necessidade assassina, Landru poderia facilmente ter matado suas vítimas logo depois que ele chegou a conhecê-los. Ou, melhor ainda, a sua seleção de vítimas teria sido mais aleatória.

Landru matou por dinheiro ou para se livrar de um amante cansativo ou inconveniente. O seu método de matar é desconhecida, mas a evidência sugere que a vivenda pelas mortes foram provavelmente limpas, e que as vítimas provavelmente não foram contaminadas de forma alguma. É possível que Landru morto durante um ato sexual, mas não há evidência que sugere que este foi o caso. Luxúria não era o seu principal motivo, e ele é distintivo entre vários assassinos porque a raiva, a vingança ou a liberação sexual estavam em melhores motivadores secundárias.

Com efeito, Landru criou uma classificação diferente de assassino múltiplo, ele era a versão masculina de uma aranha Viúva Negra, que leva o que precisa e depois mata seu companheiro, sem remorso. Henri Landru combina as piores características do tipo mais terrível criminoso.

De 1914 a 1918, Landru eliminou 11 vítimas: 10 mulheres e 1 filho adolescente de uma delas. Sem os corpos, as vítimas eram listadas como "desaparecidas" confundindo a polícia. Landru também usava uma grande variedade de lugares para atrair as mulheres, como se percebe nas correspondências com elas.

Em 1919, a irmã de uma das vítimas de Landru, Madame Buisson, denúnciou o desaparecimento da mulher. Ela não sabia o nome verdadeiro, mas conhecia a aparência do assassino. Com essas indicações a polícia chegou a Landru, mas sem conseguir provar os assassinatos pois não foram localizados os corpos. Somente encontrando os recortes dos anúncios e as correspondências enviadas e recebidas, inclusive para Madame Buisson, combinadas com outros documentos, foi que conseguiu propor a pena de morte para Landru.

Landru foi julgado em 11 de novembro de 1921 e sentenciado à morte pela guilhotina, três meses depois.

Créditos para a Wikipedia e para a Murderpedia.