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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Caso Parker-Hulme

O caso Parker-Hulme foi um assassinato ocorrido em Christchurch (Nova Zelândia) em 1954. O caso teve notoriedade quando uma mulher foi assassinada por sua filha mais velha e sua melhor amiga. O assassinato deu origem ao filme “Almas Gêmeas”, de 1994, que foi o filme que introduziu Kate Winslet no cinema.

Pauline Yvonne Parker nasceu ilegítima em 26 de maio de 1938 em Christchurch, Nova Zelândia, e viveu entediada na Gloucester Street, 31, até conhecer Juliet Marion Hulme. Recém chegada da Inglaterra, Juliet nascera em Blackheath, Londres, em 28 de outubro de 1938. Seu pai era o físico Dr. Henry Hulme. As duas moças tornaram amigas próximas, mas essa amizade transbordou para a paixão física, e elas consumaram a união e “representaram como os santos fariam amor”. Elas “anotavam em livros de exercícios efusões que chamavam de romances, passando muito tempo na cama juntas”. Os pais das jovens tentaram romper o relacionamento, que não consideravam saudável.

Quando crianças, Pauline sofria de osteomielite e Juliet tinha sofrido de tuberculose, a última foi enviada por seus pais para as Bahamas para se recuperar. As meninas inicialmente ligadas por suas respectivas doenças, mas, como a sua amizade desenvolvida, elas formaram uma vida de fantasia elaborada em conjunto. Elas frequentemente fugiam e passavam a noite representando as histórias envolvendo os personagens fictícios que haviam criado. Seus pais acharam isso perturbador e ficaram preocupados que seu relacionamento pudesse ser sexual. A homossexualidade na época era considerada uma doença mental (grave), por isso os dois conjuntos de pais tentaram impedir as meninas de ver uma a outra.


Pauline, à esquerda, e Juliet, à direita
Em 1954, os pais de Juliet se separaram, seu pai renunciou ao cargo de reitor de Canterbury College e planejava voltar para a Inglaterra. Decidiu-se então que Juliet seria enviado para viver com parentes na África do Sul, ostensivamente para sua saúde, mas também para que as meninas permanecessem separadas. Pauline disse à mãe que ela queria acompanhar Juliet, mas a mãe de Pauline deixou claro que não seria permitido. As meninas então formaram um plano para assassinar a mãe de Pauline e sair do país para os Estados Unidos, onde elas acreditavam que eles iriam publicar seus textos e trabalhos no cinema.

As duas jovens decidiram matar Honora Parker, de 45 anos. Em 22 de junho de 1954, elas colocaram meio tijolo dentro de uma meia calça (sei que o texto ta meio repetitivo, mas é para deixar bem claro) Juliet derrubou uma pedra ornamental, de forma que Honora abaixasse para pegá-la, e então elas a golpearam várias vezes na cabeça com o pedaço de tijolo. Quando a polícia encontrou o corpo, foram encontrados 45 ferimentos na cabeça da vítima. As jovens foram presas. Pauline mantinha um diário e nele havia referências sobre “atormentar” sua mãe. Pauline e Juliet foram a julgamento em 23 de agosto de 1954 por assassinato e foram condenadas em 29 de agosto. Ambas foram soltas em 1958. Dizem que houve a condição de que elas nunca mais se encontrassem ou fizessem contato uma com a outra, mas Sam Barnett, o então secretário da Justiça, disse aos jornalistas que não havia condição.

Anne Perry
Juliet Hulme logo após a libertação, mudou seu nome para “Anne Perry”, usando o sobrenome de seu padrasto. Voltou para a Inglaterra, para morar com sua mãe, no povoado escocês de Portmahomack. Se tornou uma famosa escritora de livros sobre assassinatos, histórias de detetives e mistérios. Nunca se casou, nem teve filhos.

Hilary Nathan

Pauline Parker, também após ser libertada, mudou seu nome. Se chamaria “Hilary Nathan”. Depois de passar um tempo vivendo na Nova Zelândia, ante a vigilância das autoridades, se mudou para a Inglaterra. Ingressou em um convento católico e se converteu. Atualmente, também reside na Inglaterra, nas ilhas Órcades. Não se casou, nem teve filhos. Se negou a falar com a imprensa sobre o assassinato de sua mãe, e apenas disse ter remorso e estar arrependida.

Créditos à Pas de Masque e ao Medo B.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Gilles de Rais

Gilles de Montmorency-Laval nasceu em Machecoul (Bretanha) no dia 10 de setembro de 1404. Ficou conhecido como Gilles de Rais (ou de Retz) após se tornar o barão deste local. Foi um nobre francês e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.

Gilles é acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.

Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.

Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.

Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.

Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.

Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de Joana D’Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gilles de Rais era tão importante que, ainda novo, quando Carlos VII foi ser coroado rei, Gilles foi um dos poucos a ter uma lugar de honra na cerimônia. Mas logo Gilles de Rais se afastou da vida pública e da carreira militar, ficando mais recluso em suas imensas fazendas, já separado de sua mulher.

Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D’Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente sequestrados por ‘bruxas’. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.

Ele utilizou, além do castelo de Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.

Uma das primeiras vítimas seria um belo garoto chamado Etienne Corrillaut, também conhecido como Poitou. Mas, antes de ser morto, um criado de Gilles sugeriu que ele fosse poupado e transformado em pajem, isto é, um auxiliar para serviços gerais. Poitou acabaria por se juntar a Gilles em suas práticas homicidas, mais tarde.

O sadismo de Gilles de Rais, em algum momento, misturou-se com o desejo de recuperar sua riqueza, e então ele enveredou na magia negra. No final da década de 1430, Gilles de Rais e um padre italiano começaram a praticar rituais em que o sangue de crianças era misturado a ferro e chumbo, na esperança de que daí nascesse ouro.

Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo.

Mas quantas crianças Gilles de Rais realmente matou, afinal? Umas 200 crianças, dizem as fontes mais otimistas. Outros acreditam que este número pode chegar a 800! Fato concreto é que, em uma torre, em uma de suas propriedades, foram encontrados restos desmembrados de 40 a 50 crianças. Muitas crianças possivelmente tinham os restos queimados, por isto nunca foram encontradas.

No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus colaboradores, incluindo Poitou, foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.

Créditos ao Wikipédia e ao O Serial Killer. Recomendo que vejam o caso de Gilles de Rais, onde explica o que ele fez mais detalhadamente.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Erzsébet Báthory

A condessa Erzsébet Báthory, em português Elizabeth ou Isabel Báthory, nasceu em Nyírbátor, que então pertencia ao Reino da Hungria e hoje pertence à República Eslovaca, no dia 07 de agosto de 1560. É considerada uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu e, como consequência, ficou conhecida como ‘A Condessa Sangrenta’ e também de ‘A Condessa Drácula’.

Filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre a Turquia e a Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.

Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.

Sua vida adulta passou, na maior parte, no Castelo Čachtice, perto da cidade de Vishine, a nordeste do que é hoje a Bratislava, onde a Áustria, a Hungria e a Eslováquia se juntam. Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio.

Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser “vampira” por morder e dilacerar a carne de suas criadas.

Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Elizabeth a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente. O marido de Elizabeth, o Conde Ferenc, juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico e até lhe ensinou algumas modalidades de punição: o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos.

Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (uma suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva, como ensinou seu marido.

Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pelos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.

Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Báthory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.

Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Báthory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a ideia de ter a “Infame Senhora” sepultada na cidade.

Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

Escritores posteriores retomariam a história, acrescentando alguns detalhes. Duas histórias ilustram as lendas que se formaram em torno de Erzsébet Báthory, apesar da ausência de registros jurídicos sobre sua vida e das tentativas de remover qualquer menção a ela na história da Hungria:


  • Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam currompidas pelo pecado original. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e Ficzko espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.
  • Uma segunda história refere-se ao comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, quando estava na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: “O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?”. O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.
Hoje, também existe o relato de que a condessa tenha sido, ela própria uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna. Lembre-se de que nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa Báthory. Enumeras referências são feitas, até hoje, a esta incontornável figura da história da Hungria, do vampirismo e do imaginário popular europeu no cinema, na literatura, na música e na arte em geral, nomeadamente no goticismo.

Créditos ao Wikipédia e ao Spectrum Gothic.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Westley Allan Dodd

Westley Allan Dodd nasceu em Richland (Washington) no dia 03 de julho de 1961. Foi um serial killer e molestador de crianças condenado à pena de morte. Sua execução em 05 de janeiro de 1993 foi o primeiro enforcamento legal nos Estados Unidos desde 1965. Westley tem sido chamado de ‘um dos assassinos mais perversos da história’.

Westley, ao contrário da maioria dos serias killers, nunca foi abusado ou neglicenciado. Westley afirmou que viveu em uma família rica e feliz, porém que nunca ouviu um ‘eu te amo’ de ninguém de sua família e também não se lembra de tê-lo dito.

Westley começou a abusar sexualmente das crianças ainda na adolescência, suas primeiras vítimas foram seus primos. Todas as suas vítimas (mais de 50 no total) eram do sexo masculino, com idade inferior a 12 anos; a mais jovem possuía 02 anos. Suas fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais violentas ao longo dos anos: Westley escreveu sobre o desejo de comer as genitais de suas vítimas.

Ele matou os irmãos Cole e William Neer (com idade entre 11 e 10 respectivamente), em Vancouver (Washington), no outono de 1989. Torturou, estuprou e assassinou Lee Iseli de quatro anos de idade. Em novembro de 1989 ele tentou sequestrar um menino de 6 anos do cinema Liberty, em Camas (Washington). Ele foi pego quando o padrasto do menino perseguiu-o e atacou-o.

Ele foi preso pela polícia de Camas e entrevistado por detetives da força-tarefa. Os Detetives de Portland Police Bureau, CW Jensen e Clark County e o detetive Rick Buckner obtiveram confissão de Westley e serviram o mandado de busca em sua casa. A polícia encontrou um rack de tortura caseira em sua casa, ainda não utilizado.

Westley foi sentenciado à morte em 1990 por molestar e depois esfaquear até a morte Neer Cole e seu irmão William, e pelo estupro e assassinato de Lee Iseli.

Ele se recusou a apelar o seu caso ou a pena capital, afirmando: “Eu devo ser executado antes que eu tenha uma oportunidade de escapar ou matar alguém dentro da prisão. Se eu fugir, eu prometo que vou matar os guardas da prisão se eu tiver quem e estuprar vou aproveitar cada minuto”. Enquanto no tribunal, ele disse que, se ele escapasse da prisão, ele iria imediatamente voltar para “matar e estuprar crianças”.

Sua execução foi testemunhada por 12 membros da mídia local e regional, os funcionários da prisão, e representantes das famílias das três vítimas. Ele comeu salmão e batatas em sua última refeição. Suas últimas palavras, pronunciadas a partir do segundo andar da forca interior, foram registrados pela mídia como testemunhas:

“Certa vez me perguntaram, não me lembro quem, se havia alguma maneira de parar criminosos sexuais. Eu disse que não. Eu estava errado. Eu estava errado quando eu disse que não havia esperança, não havia paz. Há esperança. Há paz. Encontrei no Senhor, Jesus Cristo. Olhai para o Senhor, e você vai encontrar a paz.”

Dodd foi declarado morto pelo médico da prisão e seu corpo transportado para Seattle para autópsia. O Dr. Donald Reay, descobriu que Dodd tinha morrido rapidamente e provavelmente com pouca dor. Ele foi cremado após a autópsia, e suas cinzas entregues a sua família.

Créditos ao Wikipédia EN.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Marcelo Costa de Andrade

Marcelo Costa de Andrade nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 02 de janeiro de 1967. Marcelo é um serial killer acusado de ter matado cerca de catorze meninos nas redondezas de Itaboraí, no ano de 1991.

Marcelo viveu parte de sua infância na favela da Rocinha. O lar era desestruturado, e sua mãe, uma empregada doméstica, apanhava constantemente do marido. Foi mandado por um período para a casa dos avós, no Ceará, local onde disse que apanhava muito. Tempos depois Marcelo foi mandado de novo para o Rio de Janeiro, onde constantemente era vítima de maus-tratos pelos novos companheiros dos pais, que havia se separado. Marcelo, nesse período, foi abusado sexualmente por um homem mais velho.

Marcelo foi então internado em um colégio interno para meninos, mas não tinha bom desempenho nas aulas. Lá era hostilizado pelos colegas e chamado de retardado. Aos catorze anos foi mandado embora do internato, pois a instituição só acolhia jovens entre 06 e 14 anos.

Depois que saiu do internato Marcelo começou a se prostituir. Segundo ele, sempre era passivo durante seus programas, mas certa vez um homem mais velho o teria obrigado a ser ativo, o que o perturbou muito. Nessa época ele tentou cometer suicídio. Tempos depois ele foi enviado para a FEBEM, mas meses depois fugiu e voltou a se prostituir, sendo que aos dezesseis anos foi morar com outro homossexual, Antônio Batista Freire, que começou a sustentá-lo e o apresentou à Igreja Universal do Reino de Deus. Mesmo com o sustento do companheiro, Marcelo continuava a se prostituir, até que se separou do porteiro e voltou para a casa da família.

A partir daí, largou a prostituição e começou a trabalhar formalmente, ajudando a família nas contas e nos afazeres domésticos.

Marcelo frequentava os cultos há cerca de dez anos na época, além de assistir às celebrações pela TV diariamente. Segundo ele, foi num desses cultos que ouviu que quando as crianças morrem elas vão para o Céu. Segundo a lógica do assassino, ele não matava adultos, pois poderia os estar mandando para o inferno.

Quando não estava lendo as pregações do bispo Edir Macedo, estava lendo revistas pornográficas. Gostava de ouvir músicas da Xuxa e de outros ídolos infantis da época. A mãe de Marcelo conta que ele tinha o estranho hábito de ficar ouvindo uma fita gravada de quando o irmão mais novo estava chorando.

No dia 16 de dezembro de 1991, Altair Medeiros de Abreu, de 10 anos, teria saído com seu irmão, Ivan Medeiros de Abreu, até a casa de um vizinho, que lhe havia prometido oferecer um almoço. Na época o pré-adolescente morava numa zona de pobreza do bairro do bairro Santa Isabel, em São Gonçalo, município vizinho de Niterói. Os dois eram filhos de Zélia de Abreu, empregada doméstica que possuía mais cinco filhos.

Quando os dois garotos passavam pela estação central de Niterói, os dois foram abordados por Marcelo, que, segundo Altair, teria lhe oferecido cerca de quatro mil cruzeiros para que os dois o ajudassem a realizar um ritual religioso católico. Os três pegaram um ônibus e foram parar numa praia deserta, nos arredores do Viaduto do Barreto. Nesse momento, Marcelo tentou beijar o garoto mais velho, que fugiu assustado, mas sendo capturado em seguida e derrubado no chão; atordoado, ele viu seu irmão Ivan ser abusado sexualmente por Marcelo, que após o ato, o enforcou, avisando Altair que seu irmão estava dormindo.

Assustado, Altair passou a fazer tudo o que Marcelo queria, sendo depois levado pelo assassino até um posto de gasolina onde se limpou sobre os olhos atentos de Marcelo. Os dois dormiram em um matagal, e na manhã seguinte partiram para o Rio de Janeiro. Segundo consta, durante o trajeto, Marcelo teria se oferecido para morar com Altair, que teria concordado imediatamente. Nos depoimentos após o crime, Marcelo disse que teve piedade do garoto, pois ele teria sido bonzinho e prometido ficar com ele. Na época, Marcelo trabalhava como distribuidor de panfletos, e teria que aparecer no trabalho para buscar seus papéis. Assim que se distraiu, Altair aproveitou e fugiu do assassino.

Quando chegou em casa, por carona, Altair não revelou que seu irmão havia sido morto, só revelando o crime para uma das irmãs mais velhas dias depois. Marcelo não teria tentado procurar Altair nem tentado esconder o corpo, voltado no local do crime tempos depois para modificar a posição do corpo, corpo esse que foi encontrado por policiais horas depois. Segundo consta, as mãos do garoto estavam dentro dos shorts, o que afastou a tese inicial de afogamento, sendo constatado o abuso sexual no IML.

Quando o corpo foi identificado pela mãe de Ivan, Altair levou os policiais até o trabalho de Marcelo, que confessou o crime imediatamente, não demonstrando surpresa.

Na delegacia, Marcelo confirmou ser o autor de mais doze assassinatos. Ele revelou um dos seus primeiros crimes. Segundo o próprio, em junho do ano de 1991, ele havia acabado de descer de um ônibus quando viu o garoto Odair Jose Muniz dos Santos, de onze anos, pedindo esmolas na rua. Marcelo então o convenceu supostamente para ir até a casa de uma tia e pegar cerca de 3000 cruzeiros para dar ao garoto. Mas na verdade Marcelo o atraiu até um campo de futebol e tentou abusar do menino, e como não conseguiu, o enforcou.

Logo após, Marcelo foi para casa jantar e voltou mais tarde, onde decapitou o corpo do garoto. Marcelo afirmou que fez isso com o garoto para se vingar do que faziam com ele durante a época que viveu no internato. Seu primeiro crime ocorreu em abril de 1991. Ele estava voltando do trabalho quando viu um garoto vendendo doces na avenida. Inventou a mesma história do dinheiro e do ritual religioso e o levou para um matagal. Tentou fazer sexo com o garoto, mas este resistiu.

Marcelo o agrediu com pedras e depois o asfixiou e o estuprou. Segundo ele, foi a partir daí que não conseguiu mais parar de cometer crimes. No seu segundo crime, matou Anderson Gomes Goulart, 11 anos, estraçalhou sua cabeça, bebeu o seu sangue enquanto o estuprava e depois quebrou seu pescoço.

Créditos ao Wikipédia.

Willamina “Minnie” Dean

Willamina “Minnie” Dean, nasceu em Greenock, oeste da Escócia, no dia 02 de setembro de 1844. Willamina é acusada de infanticídio. Foi condenada à forca no dia 12 de agosto de 1895, única mulher a receber pena de morte na Nova Zelândia.

Seu pai, John McCulloch, era um engenheiro ferroviário e, sua mãe, Elizabeth Swan, morreu de câncer em 1857. Não se sabe quando Willamina chegou à Nova Zelândia, mas no começo de 1860 estava morando em Invercargill com dois filhos pequenos. Ela alegou que era viúva de um médico da Tasmânia, embora nenhuma evidência de casamento foi encontrada. Nesta época, Willamina ainda usava seu sobrenome de nascimento, McCulloch.

Casou-se com Charles Dean, um inkeeper, em 1872. Ambos viviam em Etal Creek, uma parada importante na rota de Riverton para Otago goldfields. Assim que a corrida do ouro acabou, o casal voltou para a agricultura, porém logo se meteram em grandes dificuldades financeiras. A família se mudou para Winton, onde Charles Dean começou a trabalhar com suinocultura. Willamina, entretanto, começou a ganhar dinheiro com um tipo de serviço de babá onde “adotava” crianças “indesejadas”, pratica muito comum na Inglaterra Vitoriana.

Numa época em que havia poucos métodos de contracepção, e quando a gravidez fora do casamento era desaprovada, havia muitas mulheres que desejam discretamente enviar seus filhos para adoção — como tal, Willamina não estava com poucos clientes. Acredita-se que ela foi responsável por até nove crianças de cada vez. Ela recebia pagamentos semanais ou num montante fixo.

A mortalidade infantil era um problema significativo na Nova Zelândia neste momento. Como tal, um alto número de crianças sob os cuidados de Willamina morreram de várias doenças. Quando os inquéritos do legista foram realizados, Willamina não foi responsabilizada pelas mortes. No entanto, Willamina veio a ser alvo de desconfiança pela comunidade, e rumores sobre maus-tratos circulavam nas redondezas. Além disso, as crianças sob os cuidados de Willamina supostamente desapareciam sem explicação.

Na mente do público, os “sumiços” pareciam em muito como os casos que ocorriam no Reino Unido e na Austrália, de mulheres matando crianças sob seus cuidados para evitar ter que sustentá-los. As leis na época não obrigavam a manter os registros das crianças que ficavam sob os cuidados de pessoas como Willamina, sendo assim difícil provar desaparecimentos.

Em 1895, ela foi vista embarcar em um trem carregando um bebê e uma caixa de chapéu, mas foi vista deixando o mesmo trem sem o bebê e só com a caixa de chapéus que, como os carregadores de trem mais tarde testemunharam, estava pesado.

Uma mulher se aproximou dizendo ter dado sua neta para Willamina, e roupas identificadas como pertencentes a esta criança foram encontrados na residência de Willamina, mas a criança não foi encontrada na casa. Uma busca ao longo da linha ferroviária não encontrou nenhum sinal da criança. Willamina foi detida e acusada de assassinato.

Seu jardim foi revirado, e três corpos (dois bebês, e um de um menino estimado em três anos de idade) foram descobertos. Um inquérito descobriu que uma criança tinha morrido de asfixia e outra havia morrido de uma overdose de laudanum (usada em crianças para sedá-los). A causa da morte para o terceiro filho não foi determinada, mas mesmo assim ela foi acusada de seu assassinato.

Em seu julgamento, o advogado de Willamina, Alfred Hanlon, argumentou que todas as mortes foram acidentais, e que tinham sido encobertas para evitar publicidade adversa do tipo que ela já estava recebendo.

Em 21 de junho de 1895, no entanto, Willamina foi considerada culpada de assassinato e condenada à morte. Em 12 de agosto, ela foi enforcada pelo carrasco oficial Tom Long em Invercargill, no cruzamento das ruas Spey e Leven, no que é hoje o parque de estacionamento Leeming Noel. Ela é a única mulher a ter sido executada na Nova Zelândia, e como pena de morte na Nova Zelândia foi abolida, é provável que ela irá reter essa distinção. Ela esta enterrada em Winton, ao lado do marido.

Créditos ao Wikipédia.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Caso Natascha Kampusch

Natascha Maria Kampusch nasceu em Viena (Áustria) no dia 17 de fevereiro de 1988. É conhecida por causa de seu sequestro aos dez anos de idade, em que passou oito anos em cativeiro. É filha de Ludwig Koch e Birgitta Sirny Kampusch. Na infância ela não tinha boa relação com a mãe. Ludwig Adamovich, chefe da comissão especial que se seguiu à libertação para examinar possíveis falhas na investigação policial, afirmou que “o tempo em que Kampusch esteve aprisionada talvez tenha sido melhor que o que ela viveu antes”, declaração vigorosamente refutada pela mãe de Natascha que ameaçou processar Adamovich por suas declarações.

Sua família incluía duas irmãs adultas e cinco primas e primos. Seus pais se separaram quando Natascha ainda era criança e se divorciaram após seu desaparecimento. A menina passava temporadas com os dois e havia voltado para a casa da mãe após uma viagem e férias na casa do pai quando foi sequestrada.

Natascha saiu de casa para a escola, no distrito de Donaustadt, em Viena, na manhã de 2 de março de 1998, mas não chegou à escola nem voltou para casa. Uma testemunha de 12 anos afirmou ter visto a menina ser agarrada por dois homens e jogada dentro de uma van branca (depois Natascha diria ter sido apenas um, o sequestrador). Uma grande busca policial se deu nas horas e dias seguintes, com 776 vans sendo revistadas em toda a área metropolitana de Viena e arredores. Entre as vans revistadas, estava a do sequestrador, Wolfgang Přiklopil, que vivia a cerca de meia hora de carro do centro de capital, em Strasshof an der Nordbahn, mas não causou nenhuma suspeita. Parado e interrogado numa batida policial, ele disse à polícia que tinha passado a manhã do sequestro toda em casa e que usava a van para transportar material para sua casa, que estava reformando.

Wolfgang Přiklopil era um técnico de telecomunicações austríaco. Filho único de Karl e Waltraud Přiklopil, seu pai era vendedor de conhaque e sua mãe de sapatos. Durante algum tempo, exercendo sua profissão, Wolfgang trabalhou na Siemens (conglomerado alemão de engenharia).

Especulações sobre quadrilhas de pornografia infantil ou de tráfico de órgãos humanos começaram a aparecer na imprensa, levando a polícia a fazer investigações buscando ligações com possíveis crimes do pedófilo e assassino francês Michel Fourniret, quando este foi descoberto alguns anos depois, ainda durante o cativeiro de Natascha.

Como Natascha estava com seu passaporte quando foi raptada (ela havia feito uma viagem à Hungria dias antes com o pai), as buscas foram também levadas no exterior. Acusações contra sua família complicaram mais as investigações, com insinuações de que a mãe dela estava de alguma maneira envolvida no crime ou em seu acobertamento.

Durante os oito anos em que esteve sequestrada, Natascha foi mantida numa pequena cela de 54 m² na garagem da casa de Přiklopil, com a entrada dela escondida atrás de um armário. Sem janelas e à prova de som, a cela tinha uma porta feita de concreto reforçada com aço. O pequeno local tinha uma pia, vaso sanitário e uma cama tipo beliche onde ela dormia na parte de cima e usava a escada para pendurar roupas.

Nos primeiros seis meses de cativeiro, Natascha não teve permissão de sair da cela em nenhum momento, não pode tomar banho, não podia olhar nem falar com Přiklopil sem autorização e por vários anos não pode deixar o pequeno espaço à noite. No primeiro ano, era obrigada a chamar seu captor de mestre.

Com um ano e meio de cativeiro, ele decidiu que Natascha não podia mais usar seu nome e agora pertencia a ele; assim ela foi obrigada a escolher outro nome, e passou a chamar-se Bibiane, sua identidade pelos próximos sete anos. Pouco tempo depois, ele lhe disse seu verdadeiro nome, e com isso Natascha teve a certeza de que seu raptor nunca a deixaria sair dali viva.

Submetida a anos de abuso físico e mental, Natascha muitas vezes dormia algemada a Wolfgang na cama dele, era obrigada a raspar a cabeça para que fios não ficassem pela casa, passou períodos de fome, chegou a apanhar mais de 200 vezes numa semana até ouvir sua própria espinha estalar, era obrigada a limpar a casa quase nua e tentou várias vezes o suicídio para acabar com a vida.

Com 16 anos, em vários períodos Přiklopil reduziu sua ração diária a ¼ do necessário a alguém da idade dela. Em uma oportunidade, quando ela demorou a cumprir uma de suas ordens, ele lhe atirou uma faca, que perfurou seu joelho.

Anos depois, podia passar grande parte do dia na parte de cima da casa mas era levada de volta à câmara para dormir ou quando o sequestrador saía para trabalhar. Durante seu tempo ali, teve acesso à televisão e rádio, controlados por seu raptor. Nos últimos anos de cativeiro, ela chegou a ser vista sozinha no jardim e até no carro de Přiklopil e um dos colegas de negócios de Přiklopil disse ter visto a jovem com ele quando o sequestrador esteve em sua casa para pedir um trailer emprestado.


A casa, onde havia um telefone interno entre os cômodos comuns e a cela de Natascha, para que o sequestrador pudesse falar com ela sem descer até lá, foi várias vezes visitada pela mãe de Wolfgang, Waltraud, que chegou a cozinhar e arrumar para o filho. Ela, porém, declarou depois que nunca notou a presença de mais alguém na casa, apesar de, por vezes, notar um certo “toque feminino” em sua arrumação, mas sem nunca pensar de onde aquilo poderia ter vindo.

Depois de fazer 18 anos, ela começou a ter permissão de sair da casa com seu captor, mas ele ameaçava matá-la se ela tentasse algo na rua. Um dia, Přiklopil levou-a a uma estação de esqui perto de Viena para esquiarem por algumas horas. Depois de libertada, ela inicialmente negou esta viagem, mas acabou admitindo ser verdade dizendo que não teve nenhuma chance de escapar. Mesmo assim, Natascha muitas vezes tentava discretamente atrair a atenção, já que por anos suas fotos cobriram toda a Áustria: “Eu tentava fazer algum sinal às pessoas... Eu tentava sorrir como eu sorria nas fotos (as fotos delas transmitidas pela televisão e coladas nos postes e árvores de Viena e seus arredores depois de seu desaparecimento) para que as pessoas pudessem se lembrar de mim”. Mas ela nunca foi notada.

De acordo com o depoimento oficial de Natascha após libertada, ela e Přiklopil acordavam cedo para o café da manhã juntos. Ele lhe deu livros, de modo que ela pode se dar uma autoeducação e, de acordo com um amigo do criminoso que a havia visto uma vez, parecia feliz. 

Anos depois, explicando o sentimento de que não havia perdido nada durante seu confinamento, ela declarou: “eu me poupei de muitas coisas, como cigarros, bebidas e más companhias”. Mas acrescentou: “eu sempre pensava: eu não vim ao mundo para viver trancada e ter minha vida completamente arruinada. Me entreguei ao desespero com essa injustiça. Sempre me senti como uma pobre galinha num galinheiro. Vocês viram minha cela na televisão e na mídia e hoje sabem como era pequena. Era um lugar de desespero”. 

Dietmar Ecker, o assessor de imprensa de Natascha, declarou depois que ela lhe havia dito que às vezes Přiklopil lhe batia tanto que ela mal conseguia andar. Quando ela ficava roxa de tanto apanhar, ele tentava reanimá-la, pegava uma câmera e a fotografava.

Přiklopil havia amedrontado Natascha dizendo que as portas e janelas da casa tinham armadilhas cheias de explosivos e que ele dormia com granadas sob o travesseiro. Também a ameaçava dizendo que sempre carregava uma arma e a mataria e aos vizinhos se ela tentasse fugir. Em uma ocasião, ela fantasiou a ideia de cortar a cabeça de seu raptor com um machado mas desistiu da ideia. Durante todo o tempo em que esteve presa, prometia a si própria que “iria crescer, ficar mais forte e resistente e um dia seria capaz de ser livre de novo”.

Em 23 de agosto de 2006, Natascha estava no jardim lavando e passando o aspirador de pó no BMW 850i de Přiklopil quando, às 12:53, ele recebeu um telefonema no celular.

Por causa do barulho do aspirador, ele se afastou para outra área da casa para poder atender ao chamado. Deixando o aspirador ligado, ela saiu correndo pelo jardim sem ser vista por ele, que, de acordo com o que o interlocutor informou mais tarde aos investigadores, se comportou por toda a conversa sem parecer distraído ou perturbado. Natascha correu por cerca de 200 m entre os jardins das casas vizinhas e pela rua, gritando para que chamassem a polícia, mas sem obter atenção.

Depois de uns cinco minutos de fuga, bateu na janela da casa de uma senhora de 71 anos, Inge, a mesma da casa de seu cativeiro, gritando “Eu sou Natascha Kampusch!”. Levada para o fundo da casa por Natascha, que temia que Přiklopil as descobrisse e matasse as duas, a senhora chamou a polícia, que chegou às 13:04. Natascha foi levada pelos policiais à delegacia de Deutsch-Wagram. O sequestro havia terminado, depois de 3096 dias de cativeiro.

Natascha foi identificada pela cicatriz que possuía, pelo passaporte achado após as buscas na casa de Přiklopil e por exames de DNA. Ela foi encontrada em boa saúde física, apesar de pálida, tremendo e pesando apenas 48 kg, aproximadamente o mesmo peso (45kg) que tinha aos 10 anos quando foi sequestrada, e tinha crescido apenas 15 cms.

Sabine Freudenberger, a primeira policial a ter contato com Natascha após a libertação, declarou que ficou impressionada pela inteligência e articulação da jovem. No cativeiro, após os dois primeiros anos, Přiklopil lhe havia dado livros, ensinado matemática, permitido acesso à televisão, jornais e rádio, e ela ouvia sempre a Ö1 International20, a estação oficial internacional da Áustria, uma estação de rádio dedicada à educação e música clássica também com transmissão em espanhol e inglês.

Com a fuga de Natascha, Wolfgang Přiklopil fugiu da casa e vagueou o dia todo por Viena. No fim do dia, sabendo que toda a polícia do país o caçava, suicidou-se jogando-se na frente de um trem em movimento perto da estação Wien Praterstern, no norte da cidade. Ele havia dito a Natascha que “nunca o pegariam vivo”.

Natascha Kampusk passou os primeiros dias de liberdade na ala psiquiátrica para crianças e adolescentes do Hospital Geral de Viena, aos cuidados de médicos e enfermeiras, sem contato com a família e sem permissão de sair, dividindo a área comum com jovens meninas anoréxicas e crianças que se auto-infligiam ferimentos, longe do mundo exterior do qual havia sido privada por oito anos, enquanto a imprensa do mundo inteiro enlouquecia sem notícias do lado de fora. 

Imagens de seus cativeiro e mesmo das coisas pessoais que tinha escondido de seu captor nele, como roupas e um diário, apareciam constantemente na televisão, revistas e jornais. A princípio, seus pais não tiveram permissão de médicos e autoridades para encontrá-la pessoalmente.

Hoje, Natascha Kampusch vive em reclusão voluntária no apartamento que comprou no centro de Viena. Raramente sai à rua, para evitar ser reconhecida e, eventualmente, até ser insultada, por pessoas que a consideram responsável pela morte de Přiklopil. As ilações que vez por outra aparecem na imprensa de que ela possivelmente teria sido cúmplice e refém voluntária de Přiklopil durante seus anos de cativeiro a traumatizaram e já a fizeram pensar em suicídio ou em se mudar de Viena. Ela passa o tempo estudando, pintando e tirando fotografias. Seu projeto pessoal, é passar tão desapercebida quanto possível.

Em 2011, ela entrou com um pedido de indenização de €1 milhão de euros contra o Estado austríaco (€323 por dia de cativeiro) pela incompetência dos serviços de segurança do país em resgatá-la após seu sequestro.

Créditos ao Wikipedia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Maníaco do Parque

Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como o ‘maníaco do parque’, nasceu no estado de São Paulo à uma data desconhecida. É acusado de estuprar no mínimo seis mulheres e tentar assassinato de nove mulheres. Os crimes eram cometidos no Parque do Estado (situado na região sul da capital do estado de São Paulo), da onde veio sua alcunha. Nesse local foram encontrados os corpos de sua vítima.

Francisco teve uma infância difícil, e segundo seu próprio depoimento, teria sido abusado sexualmente por uma tia materna. Após o acontecimento, Francisco teria desenvolvido uma fixação por seios. Já adulto, um patrão o teria seduzido, o que levou ao interesse por relações homossexuais, e uma gótica teria quase arrancado seu pênis com uma mordida, fazendo com que ele tivesse medo da perda do membro viril. Além da ocorrência de uma desilusão amorosa que marcou sua vida.

Antes dos crimes ele também mostrou seu outro lado. Thayná, um travesti com quem viveu por mais de um ano, constantemente apanhava de Francisco recebendo socos no estômago e tapas no rosto, exatamente como algumas das mulheres que sobreviveram relataram.

Simpático e com boa lábia, era um exímio patinador e participava de campeonatos e de um grupo de patinação noturna. Algumas de suas vítimas foram abordadas ao se interessar por suas manobras.

Na época dos assassinatos, Francisco trabalhava como motoboy numa empresa próxima à delegacia que investigou os crimes. Antes de ser preso e julgado ele já havia sido detido como suspeito, mas liberado logo depois. Ao ver seu retrato falado nos jornais, ele fugiu para Itaqui, no estado do Rio Grande do Sul, passando antes pela Argentina para não ser reconhecido pela polícia.

Ao desaparecer, deixou apenas o jornal e um bilhete sobre a mesa. Lamentava ter de ir embora, pedia desculpas pela forma repentina da partida: “infelizmente, tem de ser assim”.

No mesmo dia, seu ex-chefe percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. Tentou consertar duas vezes, mas não conseguiu.

Em uma sexta-feira, quebrou o encanamento para descobrir a causa do entupimento e encontrou um bolo de papéis queimados, misturado aos restos de um churrasco feito no final de semana anterior, no cano de saída da privada. Entre as coisas que o empresário recolheu do cano estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, parcialmente queimada. Selma foi uma das mulheres cujo cadáver a polícia encontrou no Parque do Estado. Isso alertou seu ex-patrão, que comunicou a polícia que assim descobriram sua identidade.

Durante a fuga, causou desconfiança aos moradores das cidades por onde passou, até que foi denunciado e preso, sendo posteriormente enviado de Itaqui para São Paulo. Após ser capturado pela polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém sem armas conseguia convencer as mulheres a subir na garupa de uma moto e ir para o meio de um matagal com um homem que tinham acabado de conhecer.

A história ganhou dimensão nacional quando a jornalista Angélica Santa Cruz, então repórter da revista VEJA e hoje diretora de redação da Gloss, conseguiu acompanhar o depoimento reservado do criminoso. Na matéria de capa da Veja daquela semana estava uma foto do maníaco com a frase “Fui eu”.

Francisco, no interrogatório, relatou que era muito simples atraí-las. Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um fotógrafo de moda de uma revista importante procurando novos talentos, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado.

Preso provisoriamente no presídio de Taubaté, que abriga os criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo, Pereira chegou a ser dado como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma série de desencontros, a direção da unidade confirmou que Francisco, jurado de morte pelos outros presos, estava vivo. Pereira foi sentenciado a mais de 121 anos de prisão em 2002 e cumpre pena.

Dentre suas vítimas estão Elisângela Francisco da Silva, Raquel Mota Rodrigues, Selma Ferreira Queiroz e Patrícia Gonçalves Marinho:


  • Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos e era paranaense, filha de uma família pobre de Londrina, vivia em São Paulo, com a tia Solange Barbosa, desde 1996.

    Por causa das dificuldades financeiras, abandonou a escola na sétima série. Depois de ser deixada por uma amiga no Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, nunca mais foi vista. Seu corpo, nu, foi encontrado em 28 de julho, no Parque do Estado. O corpo já decomposto exigiu um duro trabalho de identificação. O reconhecimento só aconteceu três dias depois. “Eu tinha esperança de que não fosse ela”
    , diz a tia. No dia de seu desaparecimento, Elisângela saiu de casa dizendo que voltaria dali a duas horas.
  • A grande ambição de Raquel Mota Rodrigues, de 23 anos, era ganhar dinheiro para ajudar a família, que vivia em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
    Nos finais de semana, Raquel costumava frequentar bares com três amigas. Nunca chegou em casa depois da meia-noite. Por volta das 8 horas da noite de 9 de janeiro, ela saiu da loja de móveis onde trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Ao desembarcar na Estação Jabaquara do metrô, já quase em casa, telefonou para a prima avisando que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele em Diadema, na Grande São Paulo. “Disse que era melhor ela não ir”, lembra Lígia. Era muito arriscado sair com um desconhecido. “É, eu não vou”, respondeu a garota. Raquel nunca mais apareceu. Seu corpo foi encontrado no matagal do Parque do Estado no dia 16 de janeiro.
  • Selma Ferreira Queiroz era menor de idade e a mais nova de três irmãs, pretendia fazer faculdade de ciências contábeis ou computação. Os planos de Selma, contudo, foram interrompidos na tarde de 3 de julho.

    Entre sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e o centro da capital paulista, onde trataria das formalidades referentes à sua demissão como balconista de uma rede de drogaria, ela desapareceu. Era uma sexta-feira.

    No dia seguinte, um homem telefonou para Sara, irmã de Selma. Informou que a moça havia sido sequestrada e pediu um resgate de 1.000 reais dizendo que voltaria a ligar no final da tarde. Não ligou. Nesse mesmo dia, o corpo de Selma foi encontrado no Parque do Estado. Estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas, havia marcas de mordidas. Selma morreu estrangulada e o último sinal de vida da garota foi para o namorado. Ela avisou que não chegaria a tempo para assistir ao jogo do Brasil contra a Dinamarca com ele, mas que estava a caminho de sua residência.
  • Aos 24 anos, Patrícia Gonçalves Marinho nunca revelara à família o sonho de ser modelo. No dia 17 de abril, ela saiu da casa da avó Josefa, com quem morava e desapareceu. Seu corpo só foi descoberto em 28 de julho. Estava jogado numa área deserta do Parque do Estado. A identificação de Patrícia só foi possível porque ao lado do corpo foram encontradas roupas e bijuterias da moça. Foi estuprada e morreu por estrangulamento.
Créditos para a Wikipédia, ao Pas de Masque e ao Memórias Assombradas

terça-feira, 18 de junho de 2013

Neyde Maria Lopes

Neyde Maria Lopes, também conhecida como ‘A Fera da Penha, nasceu no Rio de Janeiro à 02 de março de 1937.

Neyde fora acusada e condenada a 33 anos de prisão em regime fechado, nos anos 60, de sequestrar, assassinar e incendiar uma criança de 4 anos nos fundos do Matadouro da Penha, no bairro de mesmo nome no subúrbio do Rio de Janeiro.

Tudo começou em 1959, quando ela conheceu Antônio Couto Araújo, e se apaixonou em pleno Central do Brasil. Na época, Neyde tinha 22 anos.

Por cerca de três meses eles se encontravam. Porém Neyde logo acabou descobrindo, por meio de um amigo, que Antônio constituía uma família (esposa e filha). Após saber disto Neyde pediu para Antônio abandonar sua família e ir morar com ela; porém Antônio não aceitou, dizendo que nunca abandonaria sua família. Neyde então traçou outra tática: resolveu se aproximar da família Araújo.

Fingindo ser uma velha colega de colégio de Nilza Coelho Araújo, esposa de Antônio, ela conquistou a confiança desta e assim passou a visitar e conviver constantemente com eles, apesar de Antônio não aceitar.

O real motivo para Neyde ter feito isso é que ela não queria ser apenas “a outra” na vida de Antônio, e como ele não se entregaria facilmente à ela, decidiu tramar uma vingança contra seu próprio amante. Neyde viu em Tânia Maria Coelho Araújo, a “Taninha”, de apenas 4 anos de idade, seu alvo perfeito para a vingança.

Conhecendo a rotina da casa do amante, principalmente os horários em que as crianças iam e vinham da escola onde estudavam, bolou um terrível plano: Neyde ligou para a escola e, passando-se por Nilza, disse que Tânia teria que voltar mais cedo para casa e que uma vizinha iria buscá-la. O pessoal da escola de nada desconfiou, e Neyde saiu com Tânia aparentemente despreocupada.

Mais tarde, quando Nilza fora levar o lanche de Tânia, foi informada de que a filha havia saído mais cedo conforme ela pedira ao telefone. Reconheceu as feições de Neyde conforme descritas pelo pessoal da escola. Desesperada Nilza recorre ao marido, que na hora ficou convicto da participação de Neyde, mas como ela sempre se mostrara cordial, não obstante suas cobranças para que ele abandonasse a família, pensou em muita coisa, menos na possibilidade de que Neyde pudesse fazer algum mal à sua filha.

No entanto, Neyde levou a garota para diversos locais, inclusive para a casa de uma amiga, ao mesmo tempo em que adquiriu uma garrafa de álcool em uma farmácia por onde passara. Em casa, Antônio e Nilza aguardavam, aflitos, algum contato de Neyde ou mesmo alguma notícia da filha desaparecida. A chegada da noite deixou o casal mais angustiado, agora desconfiado e temeroso de que algo de muito ruim poderia ter acontecido. Às oito e meia da noite, Neyde decidiu que Tânia tinha que ser sacrificada.

Inflexivelmente, dirigiu-se ao Matadouro da Penha, sabendo que, àquela hora, ele estaria completamente deserto e, sem dó nem piedade, agarra o revólver, mira a cabeça da garota, dá-lhe um tiro. Em seguida pega a garrafa de álcool, despeja o líquido sobre o corpo estendido no chão e lhe ateia fogo. Logo abandona o local, dirigindo-se para sua casa.

O julgamento de Neide, exatamente como acontece com todos os crimes de grande repercussão, se tornou uma arena de circo, cada jornal ou revista trazendo reportagens com mais adjetivos do que substantivos. 

O resultado foi o esperado: “A Fera da Penha” foi condenada a 33 anos de prisão, saindo, ainda jovem da prisão, por bom comportamento, após cumprir 15 anos. Tempos depois, em desabafo com o radialista Saulo Gomes, confessou com frieza e calculismo todos os detalhes do crime, o que acabou lhe rendendo popularmente a alcunha que dura até hoje. 

Antes do crime, levava uma vida pacata, sem maiores sobressaltos. Depois do crime, levou uma vida incógnita, pacata, sem sobressaltos e se dedicou a trabalhos filantrópicos. Está viva, bem, e mora no Rio de Janeiro.

Créditos para o Década de 50.

domingo, 16 de junho de 2013

Brenda Ann Spencer

Brenda Ann Spencer nasceu em 03 de abril de 1962. Quando tinha dezesseis anos era um pouco baixa e muito magra, e seus cabelos eram vermelho brilhante. Um colega a descreveu como “muito feia”. Ela não gostava da escola, mas se destacava nas aulas de fotografia.

Seus pais se separaram e Brenda foi morar com seu pai na pobreza, onde dormiam em um colchão de solteiro no chão da sala de estar. Mais tarde, a polícia encontrou várias garrafas de bebidas alcoólicas (meio vazias) por toda casa. Em 2001 Brenda acusou seu pai, Wallace Spencer, de ter submetido-a a espancamentos e abusos sexuais enquanto estava bêbado. Wallace disse que as acusações não eram verdadeiras.

No início de 1978, os funcionários da escola em que estudava disseram a Wallace que Brenda era uma suicida. No verão Brenda foi presa por atirar para fora das janelas da escola com uma arma de chumbinho e por roubo. Em dezembro sua oficial de condicional recomendou que ela fosse internada em um hospital psiquiátrico por causa de seu estado de depressão, mas o seu pai se recusou a dar permissão.

No Natal de 1978, Wallace deu a Brenda uma Ruger 10/22, um rifle semi-automático calibre 22 com mira telescópica e 500 cartuchos de munição. Brenda disse mais tarde que “eu pedi por um rádio e ele me comprou uma arma”. Quando perguntado por que ele poderia ter feito isso, ela respondeu que “eu senti que ele queria que eu me matasse”.

Um mês depois de ganhar a arma, na segunda-feira dia 29 de janeiro de 1979, ela conquistou fama quando começou a atirar contra a escola Grover Elementary School, em San Diego, de sua casa, do outro lado da rua.

Brenda atirou contra o diretor Burton Wragg, de 53 anos, quando ele tentava proteger as crianças. Mike Suchar, o zelador, de 56 anos, morreu quando tentava salvar o diretor, que também morreu.


Brenda matou duas pessoas e feriu oito crianças e um policial. Vinte minutos após o inicio dos tiros, a polícia cercou a casa de Brenda e permaneceu ali por mais de sete horas.

Enquanto ainda estava dentro da casa, um jornalista conseguiu falar com ela via telefone. Ele perguntou em quem ela queria atirar, e a resposta foi: “Gosto de jaquetas vermelhas e azuis”. Quando questionada sobre o motivo dos tiros, ela disse: “Não gosto de segunda-feira. Isso anima o dia... Não houve motivo, e foi só uma grande diversão... Como atirar nos patos em um lago... As crianças pareciam um rebanho de vacas andando por lá; foi fácil acertá-las”.

Ela se entregou depois de mais de sete horas, os policiais encontraram várias garrafas de bebida pela casa, mas ela não parecia estar embriagada.

Brenda foi julgada como adulta e confessou ter cometido dois assassinatos e uma agressão com arma mortal e foi condenada a 25 anos de prisão, com possibilidade de perpétua. Na prisão Brenda foi diagnosticada como uma epiléptica, ela recebeu medicação para tratar a epilepsia e depressão. Fez quatro pedidos de condicional desde sua prisão e todos os pedidos foram negados.

Depois do pedido de condicional em 2005, ela alegou que na época dos crimes havia bebido e usado pó de anjo (PCP), e também pela primeira vez disse ter sido sexualmente abusada pelo pai. Tive de dormir na cama do meu pai até os 14 anos, ela relatou.

Fora isso, Brenda nunca esboçou arrependimento ou qualquer sentimento pelas pessoas que matou ou feriu. E isso é bastante comum nas mentes perversas: não temem as consequências de seus atos e nem se arrependem deles. Ela continua presa. A Cleveland Elementary foi fechada em 1983 por falta de alunos.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Martha Place, a primeira mulher a ser executada na cadeira elétrica

Martha Place (18 de setembro de 1849 — 20 de março de 1899) foi a primeira mulher a morrer na cadeira elétrica. Ela foi executada em 20 de março 1899, aos 49 anos, na prisão de Sing Sing pelo assassinato de sua enteada.

Nascida Martha “Mattie” Garretson em 18 de setembro 1849 em Readington Township, Nova Jersey, seus pais eram Ellen (Wyckoff née) e Isaac Garretson, Martha foi atingida na cabeça por um trenó, aos 23 anos. Seu irmão afirmou que ela nunca se recuperou completamente e que o acidente a deixou mentalmente instável. Martha se casou com o viúvo William Place em 1893. Place tinha uma filha chamada Ida de um casamento anterior. William se casou com Martha para que ela o ajudasse a criar sua filha, embora mais tarde, apareceram rumores de que Martha sentia ciúmes de Ida. William chamou a polícia pelo menos uma vez para prender sua mulher por ameaçar matar Ida.

Na noite de 7 de fevereiro de 1898, William Place chegou em sua casa no Brooklyn, Nova Iorque e foi atacado por Martha, que estava empunhando um machado. William escapou por pouco e quando a polícia chegou, eles encontraram Martha em estado crítico deitada no chão com a roupa sobre a cabeça e gás ligado invadindo o ambiente. No andar de cima, descobriram o corpo morto de Ida, 17 anos de idade, deitada em uma cama. Sua boca estava sangrando e os olhos desfigurados porque Martha jogou ácido neles. A evidência posterior indicada que Ida morreu por asfixia. Martha foi hospitalizada e presa.

Martha proclamou sua inocência enquanto aguardava julgamento. Uma reportagem do jornal contemporâneo descreveu-a desta maneira:

“Ela é bastante alta e magra, com um rosto pálido e afiado. Seu nariz é longo e pontudo, seu queixo pontudo e proeminente, lábios finos e testa recuar. Há algo sobre o rosto que lembra o de um rato, e os olhos brilhantes, mas imutável de alguma forma, fortalecer a impressão.

Martha foi considerada culpada do assassinato de sua enteada de Ida e condenada à morte. Seu marido era uma testemunha-chave contra ela.

Sem nunca ter executado uma mulher na cadeira elétrica, os responsáveis ​​pela execução da sentença de morte criaram uma nova maneira de colocar os eletrodos sobre ela. Eles decidiram cortar seu vestido e colocar o eletrodo em seu tornozelo. Edwin F. Davis foi quem a executou. De acordo com os relatos de testemunhas, ela morreu na hora.


Martha foi enterrada no jazigo da família no cemitério em East Millstone, Nova Jersey sem práticas religiosas.

Embora Martha Place tenha sido a primeira mulher a morrer na cadeira elétrica, ela não foi a primeira mulher condenada; a primeira foi Maria Barbella, que mais tarde foi absolvida de seu crime e liberada.

Créditos para o Pas de Maques.

Área 51

Área 51 vista por satélite com o Groom
Lake ao lado.
Área 51 é um dos nomes atribuídos à área militar restrita no deserto de Nevada, próxima ao Groom Lake, Estados Unidos. É uma área tão secreta que o governo norte-americano só admitiu sua existência oficial em 1994 e ainda com muitas restrições. É muito provável que seja uma das bases de testes aéreos mais sigilosas. É considerado, por exemplo, que o avião invisível ao radar, F-117, foi desenvolvido nesta base. Alguns grupos que discutem fenômenos extranormais atribuem um envolvimento da força militar americana com extraterrestres. Nenhum desses argumentos foi confirmado nem negado, devido ao forte esquema de sigilo militar.

Existem inúmeros documentários, livros e filmes que tratam fenômenos extranormais. Porém, esses não são imparciais na questão dos rumores extraterrestres, sempre submetendo a área como um “sítio extraterrestre”. A “Área 51” foi vista em: Watertown (Cidade Aquática), Dreamland (Terra dos Sonhos), Paradise Ranch (Fazenda do Paraíso), The Farm (A Fazenda), The Box (A Caixa), Groom Lake (Lago Groom), Independence Day (Dia da Independência), Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal), Ben 10: Ultimate Alien (Ben 10: Supremacia Alienígena) e Total Drama World Tour (Drama Total: Turnê Mundial).

Uma das entradas da Área 51
A Área 51 é uma área de aproximadamente 1550 km² no Condado de Lincoln, Nevada. Faz parte da (12 138 km²) Nellis Air Force Range (NAFR).

A Área 51 faz divisa com o Nevada Test Site (NTS), local de testes nucleares. A Montanha Yucca, depósito nuclear, fica aproximadamente a 64 quilômetros a sudoeste do lago Groom.

A base teve sua existência admitida apenas em 1994, entretanto, não é única base secreta norte-americana, existem outras ainda não admitidas pelo governo, por questões de Estado, mas é uma das principais bases “secretas” de pesquisas de armas nucleares, bacteriológicas, químicas, hidrogênicas entre outros tipos de armas secretas.

Desde o estabelecimento da Área 51, algumas pessoas declararam ter visto estranhos objetos sobrevoando seu espaço aéreo e arredores, mas as autoridades sempre negaram os fatos. 

Contudo, um de seus próprios funcionários declarou que na base, além de projetos militares avançados que usam tecnologia alienígena ativamente, discos voadores genuinamente extraterrestres também seriam objetos de estudo de engenharia reversa. As naves, resgatadas intactas ou em acidentes, eram consertadas ou reconstruídas e depois submetidas à prova por pilotos de testes. 

Foi o próprio físico Robert Bob Lazar quem fez tal afirmação, sendo seguido por vários outros ex-funcionários das instalações de Groom Lake. “Quase todos os dias eu pegava o avião em McCarran e ia à ‘Fazenda’, onde trabalhava em tecnologia revolucionária”, declarou Lazar, que trabalhou cinco meses na base, a partir de dezembro de 1988. O piloto de testes e herói de guerra John Lear, filho do então proprietário da fábrica de aviões a jato Learjet, foi um dos que colocaram os UFOs à prova.

Lazar recentemente estendeu suas declarações e informou que o governo norte-americano estava pesquisando nada menos que nove discos voadores na Área 51, e tentava adaptar sua tecnologia em projetos terrestres, com o uso da chamada engenharia reversa. Por suas declarações, ele e sua mulher receberam várias ameaças de morte. 

Assim, evitando correr riscos, em novembro de 1989 decidiu aparecer em público e confirmou suas alegações. Disse que há um lugar secreto no interior da Área 51, conhecido como S-4, próximo ao lago seco Papoose, onde as naves alienígenas eram guardadas. Explicou que seu trabalho se dava justamente naquelas instalações, junto a uma equipe de 22 engenheiros contratados para estudar os sistemas de propulsão dos discos voadores. Agora, as novas imagens da TerraServer confirmam as declarações de Lazar, mostrando detalhes de tais instalações.

Ainda segundo Lazar, o S-4 era um enorme complexo subterrâneo que ocupava toda a área de uma cordilheira de montanhas. 

No início, o físico pensou que estivesse trabalhando com uma tecnologia altamente sofisticada criada pelo homem. Mas quando entrou em um dos discos voadores lá alojados, convenceu-se de que se tratava de algo de outro mundo, porque tanto sua forma quanto suas dimensões confirmam sua origem não humana. “As naves que examinei não possuíam juntas aparentes, nenhuma solda, parafusos ou rebites”, disse Lazar. “As bordas de todos os elementos da espaçonave eram arredondadas e suaves, como se tivessem sido feitas com cera quente submetida a um rápido processo de resfriamento”.

De acordo com seu relato, havia arcos e delicadas cadeiras de somente 30 cm de altura no interior dos veículos espaciais. Sua unidade de propulsão era o que mais lhe intrigava: tinha o tamanho de uma bola de beisebol e irradiava um campo antigravitacional através de uma coluna oca, situada verticalmente no centro da nave. 

Lazar teve sua curiosidade científica aguçada e passou a procurar informações sobre tudo o que acontecia em S-4. Foi quando teve acesso a um memorando que confirmou suas suspeitas. Nele havia uma quantidade impressionante de informações sobre os OVNIs, “inclusive fotografias de autópsias de pequenos seres cinzas com grandes cabeças calvas”, declarou à Revista UFO. “O governo estava escondendo da população fatos da maior gravidade, e tudo aquilo estava sendo feito em Groom Lake, mais precisamente em S-4”, desabafou.


O vídeo abaixo é parte de um documentário. Você poderá acompanhar o resto pelos videos das laterais da pagina no YouTube.


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