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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Caso Parker-Hulme

O caso Parker-Hulme foi um assassinato ocorrido em Christchurch (Nova Zelândia) em 1954. O caso teve notoriedade quando uma mulher foi assassinada por sua filha mais velha e sua melhor amiga. O assassinato deu origem ao filme “Almas Gêmeas”, de 1994, que foi o filme que introduziu Kate Winslet no cinema.

Pauline Yvonne Parker nasceu ilegítima em 26 de maio de 1938 em Christchurch, Nova Zelândia, e viveu entediada na Gloucester Street, 31, até conhecer Juliet Marion Hulme. Recém chegada da Inglaterra, Juliet nascera em Blackheath, Londres, em 28 de outubro de 1938. Seu pai era o físico Dr. Henry Hulme. As duas moças tornaram amigas próximas, mas essa amizade transbordou para a paixão física, e elas consumaram a união e “representaram como os santos fariam amor”. Elas “anotavam em livros de exercícios efusões que chamavam de romances, passando muito tempo na cama juntas”. Os pais das jovens tentaram romper o relacionamento, que não consideravam saudável.

Quando crianças, Pauline sofria de osteomielite e Juliet tinha sofrido de tuberculose, a última foi enviada por seus pais para as Bahamas para se recuperar. As meninas inicialmente ligadas por suas respectivas doenças, mas, como a sua amizade desenvolvida, elas formaram uma vida de fantasia elaborada em conjunto. Elas frequentemente fugiam e passavam a noite representando as histórias envolvendo os personagens fictícios que haviam criado. Seus pais acharam isso perturbador e ficaram preocupados que seu relacionamento pudesse ser sexual. A homossexualidade na época era considerada uma doença mental (grave), por isso os dois conjuntos de pais tentaram impedir as meninas de ver uma a outra.


Pauline, à esquerda, e Juliet, à direita
Em 1954, os pais de Juliet se separaram, seu pai renunciou ao cargo de reitor de Canterbury College e planejava voltar para a Inglaterra. Decidiu-se então que Juliet seria enviado para viver com parentes na África do Sul, ostensivamente para sua saúde, mas também para que as meninas permanecessem separadas. Pauline disse à mãe que ela queria acompanhar Juliet, mas a mãe de Pauline deixou claro que não seria permitido. As meninas então formaram um plano para assassinar a mãe de Pauline e sair do país para os Estados Unidos, onde elas acreditavam que eles iriam publicar seus textos e trabalhos no cinema.

As duas jovens decidiram matar Honora Parker, de 45 anos. Em 22 de junho de 1954, elas colocaram meio tijolo dentro de uma meia calça (sei que o texto ta meio repetitivo, mas é para deixar bem claro) Juliet derrubou uma pedra ornamental, de forma que Honora abaixasse para pegá-la, e então elas a golpearam várias vezes na cabeça com o pedaço de tijolo. Quando a polícia encontrou o corpo, foram encontrados 45 ferimentos na cabeça da vítima. As jovens foram presas. Pauline mantinha um diário e nele havia referências sobre “atormentar” sua mãe. Pauline e Juliet foram a julgamento em 23 de agosto de 1954 por assassinato e foram condenadas em 29 de agosto. Ambas foram soltas em 1958. Dizem que houve a condição de que elas nunca mais se encontrassem ou fizessem contato uma com a outra, mas Sam Barnett, o então secretário da Justiça, disse aos jornalistas que não havia condição.

Anne Perry
Juliet Hulme logo após a libertação, mudou seu nome para “Anne Perry”, usando o sobrenome de seu padrasto. Voltou para a Inglaterra, para morar com sua mãe, no povoado escocês de Portmahomack. Se tornou uma famosa escritora de livros sobre assassinatos, histórias de detetives e mistérios. Nunca se casou, nem teve filhos.

Hilary Nathan

Pauline Parker, também após ser libertada, mudou seu nome. Se chamaria “Hilary Nathan”. Depois de passar um tempo vivendo na Nova Zelândia, ante a vigilância das autoridades, se mudou para a Inglaterra. Ingressou em um convento católico e se converteu. Atualmente, também reside na Inglaterra, nas ilhas Órcades. Não se casou, nem teve filhos. Se negou a falar com a imprensa sobre o assassinato de sua mãe, e apenas disse ter remorso e estar arrependida.

Créditos à Pas de Masque e ao Medo B.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Gilles de Rais

Gilles de Montmorency-Laval nasceu em Machecoul (Bretanha) no dia 10 de setembro de 1404. Ficou conhecido como Gilles de Rais (ou de Retz) após se tornar o barão deste local. Foi um nobre francês e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.

Gilles é acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.

Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.

Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.

Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.

Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.

Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de Joana D’Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gilles de Rais era tão importante que, ainda novo, quando Carlos VII foi ser coroado rei, Gilles foi um dos poucos a ter uma lugar de honra na cerimônia. Mas logo Gilles de Rais se afastou da vida pública e da carreira militar, ficando mais recluso em suas imensas fazendas, já separado de sua mulher.

Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D’Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente sequestrados por ‘bruxas’. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.

Ele utilizou, além do castelo de Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.

Uma das primeiras vítimas seria um belo garoto chamado Etienne Corrillaut, também conhecido como Poitou. Mas, antes de ser morto, um criado de Gilles sugeriu que ele fosse poupado e transformado em pajem, isto é, um auxiliar para serviços gerais. Poitou acabaria por se juntar a Gilles em suas práticas homicidas, mais tarde.

O sadismo de Gilles de Rais, em algum momento, misturou-se com o desejo de recuperar sua riqueza, e então ele enveredou na magia negra. No final da década de 1430, Gilles de Rais e um padre italiano começaram a praticar rituais em que o sangue de crianças era misturado a ferro e chumbo, na esperança de que daí nascesse ouro.

Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo.

Mas quantas crianças Gilles de Rais realmente matou, afinal? Umas 200 crianças, dizem as fontes mais otimistas. Outros acreditam que este número pode chegar a 800! Fato concreto é que, em uma torre, em uma de suas propriedades, foram encontrados restos desmembrados de 40 a 50 crianças. Muitas crianças possivelmente tinham os restos queimados, por isto nunca foram encontradas.

No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus colaboradores, incluindo Poitou, foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.

Créditos ao Wikipédia e ao O Serial Killer. Recomendo que vejam o caso de Gilles de Rais, onde explica o que ele fez mais detalhadamente.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Chico Picadinho

Chico Picadinho, alcunha de Francisco Rocha Costa é um assassino em série brasileiro que esquartejou duas mulheres nos anos de 1966 e 1976. Seu pai era um homem muito severo e, sua mãe, era uma mulher que tinha muitos amantes, estes quase sempre casados.

Francisco cometeu seu primeiro assassinato em 1966, quando vivia uma vida muito boêmia, com muita bebedeira e mulheres, também usava drogas. Com o passar do tempo necessitava todos os dias fazer sexo, sair e beber muito. Seu primeiro assassinato seguido de esquartejamento foi em 1966.

Sua vítima era Margareth, uma boêmia conhecida de seus amigos. Após passarem em alguns restaurantes e bares, Francisco a convidou para terem relações sexuais. Assim ela aceitou ir ao apartamento, na época o apartamento era dele e de Caio (amigo cirurgião-médico da aeronáutica).

Francisco nem chegou a consumar o ato. Após algum tempo, ele começou a ter um jeito violento, e tentou estrangulá-la (de fato o fez), com a mão, e terminou com o cinto. Após ver Margareth morta no quarto, pensou que deveria sumir com o corpo dali. Tirou o trinco da porta do banheiro para melhor locomoção, levou-a, e deitou de barriga para cima. Usou instrumentos bem estranhos, na realidade, os primeiros que viu pela frente: gilete, tesoura e faca foram os principais usados.

Começou a cortar pelos seios, depois foi tirando os músculos e cortando nas articulações, a fim de que o corpo ficasse menor para poder esconder… Vale ressaltar que Francisco esquartejou Margareth pelo fato de ter medo das ações que viriam após ter causado sua morte, concluindo assim que teria de esconder o corpo. Demorou cerca de 03 a 04 horas até desmembrar a vítima e colocar dentro de uma sacola (pois também sabia que o amigo com quem dividia seu apartamento estaria para chegar).

Quando Caio chegou, Francisco disse que tinha uma coisa para contar, e falou que havia matado alguém. Não contou como, nem porque, mas disse que o corpo ainda estava no apartamento. Pediu um tempo para Caio para que pudesse avisar sua mãe e contratar um advogado. De fato, viajou à procura de sua mãe. Ao chegar, avisou uma amiga e não teve coragem de falar o que realmente acontecera, apenas informando que algo de grave havia ocorrido, e pedindo para avisar sua mãe. Ao retornar, seu amigo Caio havia avisado ao delegado de homicídios, que prendeu Francisco, que não reagiu à prisão em momento algum.

Após ter sido liberado por bom comportamento, Francisco voltou a cometer um esquartejamento, porém, desta vez, destrinchou sua vítima com um cuidado muito maior, e tentou jogar alguns pedaços pelo vaso. A vítima se chamava Suely e tinha vários codinomes. Depois de matá-la e esquartejá-la, tentando fazer com que o vaso levasse partes do corpo, ele não consegue colocar o corpo todo no vaso sanitário, e depois anda com as partes do corpo da moça.

Foi detido e condenado pela primeira vez por ter assassinado e esquartejado uma bailarina. Para se livrar do corpo, colocou os pedaços dentro de uma caixa de papelão em um apartamento alugado em São Paulo, fugindo em seguida para o Rio de Janeiro; ele de fato não fugiu para o Rio de Janeiro, mas avisou seu amigo Caio, e após isso pediu certo tempo para avisar sua família e contratar um advogado. Caio, já sabendo do crime, ficou sem saber ao certo o que devia fazer, e contatou a Delegacia de Homicídios.

Na época, a exibição pela imprensa das fotos de suas vítimas cortadas em pedaços sensibilizou bastante a opinião pública, fazendo com que o criminoso fosse condenado a 30 anos de prisão.

Em 1994, Francisco passa por um novo exame de sanidade mental, e por ser considerado perigosíssimo no resultado dos exames, Francisco continua preso até hoje, apesar de já ter cumprido a pena máxima prevista pelo Código Penal Brasileiro, que corresponde a um período de trinta anos. Hoje, encontra-se no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Arnaldo Amado Ferreira, na cidade de Taubaté.

Estudante de Direito à época dos crimes, Francisco é um homem muito lucido. Até hoje passa seus dias na prisão praticando a pintura. Ao cometer seus crimes, ele agiu sob a influência do romance Crime e Castigo de Dostoiévsky, a quem chamou de Deus numa entrevista. Também é um grande fã da obra de Kafka.

Créditos ao Wikipédia.

Erzsébet Báthory

A condessa Erzsébet Báthory, em português Elizabeth ou Isabel Báthory, nasceu em Nyírbátor, que então pertencia ao Reino da Hungria e hoje pertence à República Eslovaca, no dia 07 de agosto de 1560. É considerada uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu e, como consequência, ficou conhecida como ‘A Condessa Sangrenta’ e também de ‘A Condessa Drácula’.

Filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre a Turquia e a Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.

Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.

Sua vida adulta passou, na maior parte, no Castelo Čachtice, perto da cidade de Vishine, a nordeste do que é hoje a Bratislava, onde a Áustria, a Hungria e a Eslováquia se juntam. Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio.

Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser “vampira” por morder e dilacerar a carne de suas criadas.

Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Elizabeth a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente. O marido de Elizabeth, o Conde Ferenc, juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico e até lhe ensinou algumas modalidades de punição: o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos.

Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (uma suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva, como ensinou seu marido.

Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pelos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.

Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Báthory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.

Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Báthory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a ideia de ter a “Infame Senhora” sepultada na cidade.

Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

Escritores posteriores retomariam a história, acrescentando alguns detalhes. Duas histórias ilustram as lendas que se formaram em torno de Erzsébet Báthory, apesar da ausência de registros jurídicos sobre sua vida e das tentativas de remover qualquer menção a ela na história da Hungria:


  • Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam currompidas pelo pecado original. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e Ficzko espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.
  • Uma segunda história refere-se ao comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, quando estava na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: “O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?”. O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.
Hoje, também existe o relato de que a condessa tenha sido, ela própria uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna. Lembre-se de que nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa Báthory. Enumeras referências são feitas, até hoje, a esta incontornável figura da história da Hungria, do vampirismo e do imaginário popular europeu no cinema, na literatura, na música e na arte em geral, nomeadamente no goticismo.

Créditos ao Wikipédia e ao Spectrum Gothic.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Marcelo Costa de Andrade

Marcelo Costa de Andrade nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 02 de janeiro de 1967. Marcelo é um serial killer acusado de ter matado cerca de catorze meninos nas redondezas de Itaboraí, no ano de 1991.

Marcelo viveu parte de sua infância na favela da Rocinha. O lar era desestruturado, e sua mãe, uma empregada doméstica, apanhava constantemente do marido. Foi mandado por um período para a casa dos avós, no Ceará, local onde disse que apanhava muito. Tempos depois Marcelo foi mandado de novo para o Rio de Janeiro, onde constantemente era vítima de maus-tratos pelos novos companheiros dos pais, que havia se separado. Marcelo, nesse período, foi abusado sexualmente por um homem mais velho.

Marcelo foi então internado em um colégio interno para meninos, mas não tinha bom desempenho nas aulas. Lá era hostilizado pelos colegas e chamado de retardado. Aos catorze anos foi mandado embora do internato, pois a instituição só acolhia jovens entre 06 e 14 anos.

Depois que saiu do internato Marcelo começou a se prostituir. Segundo ele, sempre era passivo durante seus programas, mas certa vez um homem mais velho o teria obrigado a ser ativo, o que o perturbou muito. Nessa época ele tentou cometer suicídio. Tempos depois ele foi enviado para a FEBEM, mas meses depois fugiu e voltou a se prostituir, sendo que aos dezesseis anos foi morar com outro homossexual, Antônio Batista Freire, que começou a sustentá-lo e o apresentou à Igreja Universal do Reino de Deus. Mesmo com o sustento do companheiro, Marcelo continuava a se prostituir, até que se separou do porteiro e voltou para a casa da família.

A partir daí, largou a prostituição e começou a trabalhar formalmente, ajudando a família nas contas e nos afazeres domésticos.

Marcelo frequentava os cultos há cerca de dez anos na época, além de assistir às celebrações pela TV diariamente. Segundo ele, foi num desses cultos que ouviu que quando as crianças morrem elas vão para o Céu. Segundo a lógica do assassino, ele não matava adultos, pois poderia os estar mandando para o inferno.

Quando não estava lendo as pregações do bispo Edir Macedo, estava lendo revistas pornográficas. Gostava de ouvir músicas da Xuxa e de outros ídolos infantis da época. A mãe de Marcelo conta que ele tinha o estranho hábito de ficar ouvindo uma fita gravada de quando o irmão mais novo estava chorando.

No dia 16 de dezembro de 1991, Altair Medeiros de Abreu, de 10 anos, teria saído com seu irmão, Ivan Medeiros de Abreu, até a casa de um vizinho, que lhe havia prometido oferecer um almoço. Na época o pré-adolescente morava numa zona de pobreza do bairro do bairro Santa Isabel, em São Gonçalo, município vizinho de Niterói. Os dois eram filhos de Zélia de Abreu, empregada doméstica que possuía mais cinco filhos.

Quando os dois garotos passavam pela estação central de Niterói, os dois foram abordados por Marcelo, que, segundo Altair, teria lhe oferecido cerca de quatro mil cruzeiros para que os dois o ajudassem a realizar um ritual religioso católico. Os três pegaram um ônibus e foram parar numa praia deserta, nos arredores do Viaduto do Barreto. Nesse momento, Marcelo tentou beijar o garoto mais velho, que fugiu assustado, mas sendo capturado em seguida e derrubado no chão; atordoado, ele viu seu irmão Ivan ser abusado sexualmente por Marcelo, que após o ato, o enforcou, avisando Altair que seu irmão estava dormindo.

Assustado, Altair passou a fazer tudo o que Marcelo queria, sendo depois levado pelo assassino até um posto de gasolina onde se limpou sobre os olhos atentos de Marcelo. Os dois dormiram em um matagal, e na manhã seguinte partiram para o Rio de Janeiro. Segundo consta, durante o trajeto, Marcelo teria se oferecido para morar com Altair, que teria concordado imediatamente. Nos depoimentos após o crime, Marcelo disse que teve piedade do garoto, pois ele teria sido bonzinho e prometido ficar com ele. Na época, Marcelo trabalhava como distribuidor de panfletos, e teria que aparecer no trabalho para buscar seus papéis. Assim que se distraiu, Altair aproveitou e fugiu do assassino.

Quando chegou em casa, por carona, Altair não revelou que seu irmão havia sido morto, só revelando o crime para uma das irmãs mais velhas dias depois. Marcelo não teria tentado procurar Altair nem tentado esconder o corpo, voltado no local do crime tempos depois para modificar a posição do corpo, corpo esse que foi encontrado por policiais horas depois. Segundo consta, as mãos do garoto estavam dentro dos shorts, o que afastou a tese inicial de afogamento, sendo constatado o abuso sexual no IML.

Quando o corpo foi identificado pela mãe de Ivan, Altair levou os policiais até o trabalho de Marcelo, que confessou o crime imediatamente, não demonstrando surpresa.

Na delegacia, Marcelo confirmou ser o autor de mais doze assassinatos. Ele revelou um dos seus primeiros crimes. Segundo o próprio, em junho do ano de 1991, ele havia acabado de descer de um ônibus quando viu o garoto Odair Jose Muniz dos Santos, de onze anos, pedindo esmolas na rua. Marcelo então o convenceu supostamente para ir até a casa de uma tia e pegar cerca de 3000 cruzeiros para dar ao garoto. Mas na verdade Marcelo o atraiu até um campo de futebol e tentou abusar do menino, e como não conseguiu, o enforcou.

Logo após, Marcelo foi para casa jantar e voltou mais tarde, onde decapitou o corpo do garoto. Marcelo afirmou que fez isso com o garoto para se vingar do que faziam com ele durante a época que viveu no internato. Seu primeiro crime ocorreu em abril de 1991. Ele estava voltando do trabalho quando viu um garoto vendendo doces na avenida. Inventou a mesma história do dinheiro e do ritual religioso e o levou para um matagal. Tentou fazer sexo com o garoto, mas este resistiu.

Marcelo o agrediu com pedras e depois o asfixiou e o estuprou. Segundo ele, foi a partir daí que não conseguiu mais parar de cometer crimes. No seu segundo crime, matou Anderson Gomes Goulart, 11 anos, estraçalhou sua cabeça, bebeu o seu sangue enquanto o estuprava e depois quebrou seu pescoço.

Créditos ao Wikipédia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Maníaco do Parque

Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como o ‘maníaco do parque’, nasceu no estado de São Paulo à uma data desconhecida. É acusado de estuprar no mínimo seis mulheres e tentar assassinato de nove mulheres. Os crimes eram cometidos no Parque do Estado (situado na região sul da capital do estado de São Paulo), da onde veio sua alcunha. Nesse local foram encontrados os corpos de sua vítima.

Francisco teve uma infância difícil, e segundo seu próprio depoimento, teria sido abusado sexualmente por uma tia materna. Após o acontecimento, Francisco teria desenvolvido uma fixação por seios. Já adulto, um patrão o teria seduzido, o que levou ao interesse por relações homossexuais, e uma gótica teria quase arrancado seu pênis com uma mordida, fazendo com que ele tivesse medo da perda do membro viril. Além da ocorrência de uma desilusão amorosa que marcou sua vida.

Antes dos crimes ele também mostrou seu outro lado. Thayná, um travesti com quem viveu por mais de um ano, constantemente apanhava de Francisco recebendo socos no estômago e tapas no rosto, exatamente como algumas das mulheres que sobreviveram relataram.

Simpático e com boa lábia, era um exímio patinador e participava de campeonatos e de um grupo de patinação noturna. Algumas de suas vítimas foram abordadas ao se interessar por suas manobras.

Na época dos assassinatos, Francisco trabalhava como motoboy numa empresa próxima à delegacia que investigou os crimes. Antes de ser preso e julgado ele já havia sido detido como suspeito, mas liberado logo depois. Ao ver seu retrato falado nos jornais, ele fugiu para Itaqui, no estado do Rio Grande do Sul, passando antes pela Argentina para não ser reconhecido pela polícia.

Ao desaparecer, deixou apenas o jornal e um bilhete sobre a mesa. Lamentava ter de ir embora, pedia desculpas pela forma repentina da partida: “infelizmente, tem de ser assim”.

No mesmo dia, seu ex-chefe percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. Tentou consertar duas vezes, mas não conseguiu.

Em uma sexta-feira, quebrou o encanamento para descobrir a causa do entupimento e encontrou um bolo de papéis queimados, misturado aos restos de um churrasco feito no final de semana anterior, no cano de saída da privada. Entre as coisas que o empresário recolheu do cano estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, parcialmente queimada. Selma foi uma das mulheres cujo cadáver a polícia encontrou no Parque do Estado. Isso alertou seu ex-patrão, que comunicou a polícia que assim descobriram sua identidade.

Durante a fuga, causou desconfiança aos moradores das cidades por onde passou, até que foi denunciado e preso, sendo posteriormente enviado de Itaqui para São Paulo. Após ser capturado pela polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém sem armas conseguia convencer as mulheres a subir na garupa de uma moto e ir para o meio de um matagal com um homem que tinham acabado de conhecer.

A história ganhou dimensão nacional quando a jornalista Angélica Santa Cruz, então repórter da revista VEJA e hoje diretora de redação da Gloss, conseguiu acompanhar o depoimento reservado do criminoso. Na matéria de capa da Veja daquela semana estava uma foto do maníaco com a frase “Fui eu”.

Francisco, no interrogatório, relatou que era muito simples atraí-las. Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um fotógrafo de moda de uma revista importante procurando novos talentos, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado.

Preso provisoriamente no presídio de Taubaté, que abriga os criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo, Pereira chegou a ser dado como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma série de desencontros, a direção da unidade confirmou que Francisco, jurado de morte pelos outros presos, estava vivo. Pereira foi sentenciado a mais de 121 anos de prisão em 2002 e cumpre pena.

Dentre suas vítimas estão Elisângela Francisco da Silva, Raquel Mota Rodrigues, Selma Ferreira Queiroz e Patrícia Gonçalves Marinho:


  • Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos e era paranaense, filha de uma família pobre de Londrina, vivia em São Paulo, com a tia Solange Barbosa, desde 1996.

    Por causa das dificuldades financeiras, abandonou a escola na sétima série. Depois de ser deixada por uma amiga no Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, nunca mais foi vista. Seu corpo, nu, foi encontrado em 28 de julho, no Parque do Estado. O corpo já decomposto exigiu um duro trabalho de identificação. O reconhecimento só aconteceu três dias depois. “Eu tinha esperança de que não fosse ela”
    , diz a tia. No dia de seu desaparecimento, Elisângela saiu de casa dizendo que voltaria dali a duas horas.
  • A grande ambição de Raquel Mota Rodrigues, de 23 anos, era ganhar dinheiro para ajudar a família, que vivia em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
    Nos finais de semana, Raquel costumava frequentar bares com três amigas. Nunca chegou em casa depois da meia-noite. Por volta das 8 horas da noite de 9 de janeiro, ela saiu da loja de móveis onde trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Ao desembarcar na Estação Jabaquara do metrô, já quase em casa, telefonou para a prima avisando que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele em Diadema, na Grande São Paulo. “Disse que era melhor ela não ir”, lembra Lígia. Era muito arriscado sair com um desconhecido. “É, eu não vou”, respondeu a garota. Raquel nunca mais apareceu. Seu corpo foi encontrado no matagal do Parque do Estado no dia 16 de janeiro.
  • Selma Ferreira Queiroz era menor de idade e a mais nova de três irmãs, pretendia fazer faculdade de ciências contábeis ou computação. Os planos de Selma, contudo, foram interrompidos na tarde de 3 de julho.

    Entre sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e o centro da capital paulista, onde trataria das formalidades referentes à sua demissão como balconista de uma rede de drogaria, ela desapareceu. Era uma sexta-feira.

    No dia seguinte, um homem telefonou para Sara, irmã de Selma. Informou que a moça havia sido sequestrada e pediu um resgate de 1.000 reais dizendo que voltaria a ligar no final da tarde. Não ligou. Nesse mesmo dia, o corpo de Selma foi encontrado no Parque do Estado. Estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas, havia marcas de mordidas. Selma morreu estrangulada e o último sinal de vida da garota foi para o namorado. Ela avisou que não chegaria a tempo para assistir ao jogo do Brasil contra a Dinamarca com ele, mas que estava a caminho de sua residência.
  • Aos 24 anos, Patrícia Gonçalves Marinho nunca revelara à família o sonho de ser modelo. No dia 17 de abril, ela saiu da casa da avó Josefa, com quem morava e desapareceu. Seu corpo só foi descoberto em 28 de julho. Estava jogado numa área deserta do Parque do Estado. A identificação de Patrícia só foi possível porque ao lado do corpo foram encontradas roupas e bijuterias da moça. Foi estuprada e morreu por estrangulamento.
Créditos para a Wikipédia, ao Pas de Masque e ao Memórias Assombradas

domingo, 16 de junho de 2013

Gertrude Baniszewski

Gertrude
Gertrude Nadine Baniszewski, nascida à 19 de setembro de 1929, foi uma conhecida mulher do estado de Indiana (EUA) que, junto com os filhos e outras crianças da região, torturou até a morte Sylvia Likens, uma garota de dezesseis anos. Pelo crime, Grertrude foi condenada a prisão perpétua no caso conhecido como “o mais terrível crime cometido a uma pessoa no estado de Indiana”.

Era filha de Hugh e Mollie van Fossan e a terceira de seis irmãos. Cinco anos após a morte de seu pai, Gertrude abandonou a escola e se casou aos dezesseis anos com John Baniszewski, com quem ela teve quatro filhos.

Após dez anos o casamento teve fim e Gertrude se casou Edward Guthrie, e teve mais dois filhos, vindo a se separar novamente em 1963. Então quando contava com a idade de 34 anos, Gertrude novamente se casou pela terceira vez com Dennis Lee Wright, de 23 anos. Com ele, Grertrude teve um filho: Dennis Jr, mas logo após isso Wright a abandonou e desapareceu.

Em julho de 1965, Lester e Betty Likens, dois atores circenses, deixaram suas duas filhas Sylvia Marie Likens (16) e Jenny Faye Likens (15) na casa de Gertrude por U$ 20,00 por semana enquanto eles viajavam pelo país. As duas garotas conheciam as filhas de Gertrude e frequentavam a mesma escola e igreja que elas.
Sylvia

Sylvia Marie Likens era a filha do meio entre seus dois irmãos mais velhos, Diana e Daniel, que eram gêmeos, e de Jenny, um ano mais nova que Sylvia. O casamento dos Linkens era instável, e eles viviam se mudando diversas vezes. Sylvia constantemente era obrigada a ficar com parentes ou conhecidos quando seus pais estavam em turnê com o circo.

Em agosto de 1965, quando o pagamento começou a atrasar, Gertrude começou a ofender e a bater em Sylvia, além de deixar que seus filhos e outras crianças batessem nela. Gertrude acusava as garotas de serem prostitutas, e dava sermões sobre esses assuntos para as crianças sempre usando Sylvia e Jenny como exemplos.

Após as Likens espalharem pelo colégio que Paula e Stephanie, duas das filhas de Gertrude, eram prostitutas, o namorado de Stephanie (Coy Hubbard) e outros colegas dele foram convidados para assistir Gertrude agredir Sylvia. Jenny também era obrigada a bater em Sylvia.

Logo Sylvia foi tirada da escola e os abusos aumentaram mais ainda. Certa vez, após acusar novamente da menina ser uma prostituta, Gertrude chamou os meninos da vizinhança e obriu Sylvia a enfiar uma garrafa de Coca-Cola na vagina.

Após o incidente com a Coca-Cola Sylvia urinou na cama e, como consequência, foi trancafiada no porão da casa. Gertrude começou a banhar ela e Jenny com água quente, segundo ela para “limpas os pecados”. Ela ficava nua no porão e poucas vezes era alimentada. De tempos em tempos, Gertrude e seus filhos faziam com que Sylvia comesse suas próprias fezes.

Nessa época Jenny escreveu uma carta para a irmã mais velha, Diana, contando o horror que ela e Sylvia passavam, pedindo para que ela chamasse a polícia. Diana não acreditou em Jenny pois achava que ela havia feito algo na casa de Gertrude e estava querendo sair de lá para ficar com ela em sua casa.

Tempos depois Diana veio visitar as irmãs, mas Gertrude se negou a deixá-la entrar. Diana ficou nas proximidades até avistar Jenny. Jenny disse a irmã que não estava autorizada a falar com ela e depois fugiu. Preocupada, Diana ligou para o serviço social. Quando a assistente social foi na casa dos Baniszewski, Gertrude ameaçou Jenny dizendo que se ela falasse algo iria ocorrer a mesma coisa que ocorria com Sylvia. Assustada com isso, Jenny disse a assistente que Sylvia tinha fugido de casa.

Em 21 de outubro, Gertrude pediu para que seu filho John Jr, Stephanie e seu namorado trouxessem Sylvia para uma cama. Sylvia urinou novamente e, como consequência, Gertrude a fez enfiar de novo uma garrafa de Coca-Cola na vagina, antes de começar a grafar a frase “I’m a prostitute and proud of it” na barriga de Sylvia. Quando Gertrude não conseguiu mais tatuar a frase, ela pediu para que Richard Hobbs terminasse.

No dia seguinte ela obrigou Sylvia a escrever uma carta para seus pais dizendo que iria fugir de casa. Após isso Gertrudes começou a elaborar um plano para deixar Sylvia em algum lugar ermo para que ela morresse. Quando Sylvia ouviu isso ela tentou fugir, mas foi pega por Gertrude e foi jogada novamente no porão.

Em 24 de outubro Coy Hubbard, o namorado de Stephanie, bateu violentamente com um cabo de vassoura na cabeça de Sylvia. Na manhã do dia 26, Gertrude disse que daria um banho em Sylvia e pediu para que Stephanie e Richard Hobbs trouxessem a menina para cima. Porém eles perceberam que ela não respirava e tentaram ressuscitá-la com uma respiração boca-a-boca, porém Sylvia já estava morta.

Stephanie ficou em pânico e pediu que Hobbs chamasse a polícia. Quando eles chegaram, Gertrude mostrou a carta que havia obrigado Sylvia escrever. Nesse período, Jenny abordou um dos policias e sussurrou para que ele a tirasse de lá que ela contaria tudo o que tinha acontecido. O depoimento de Jenny, combinado com o descobrimento do corpo de Sylvia, fez com que os policias prendessem Gertrude, Paula, Stephanie, John Jr, Richard Hobbs e Coy Hubbard por assassinato. Outras crianças da vizinhança como Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke e Anna Siscoe também foram levadas.

Gertrude, seus filhos, Richard Hobbs e Coy Hubbard foram presos sem direito à fiança, até o julgamento. Um exame de autopsia feito mais tarde revelou que Sylvia tinha diversas queimaduras, contusões musculares e inúmeras lesões físicas. Perto da morte, os lábios de Sylvia estavam quase se separando um do outro. Sua cavidade vaginal estava inchada, mas os exames provaram que ela ainda era virgem, sendo que seu hímen estava intacto. A causa oficial da morte foi hemorragia cerebral, além de lesões prolongadas em sua pele.

Gertrude Baniszewski foi acusada de assassinato em primeiro grau. Ela foi sentenciada a prisão perpétua sem direito a condicional.

Após apelar, Gertrude ganhou um novo julgamento, porém foi novamente condenada. Ao longo dos dezoito anos em que ficou presa, Gertrude foi uma prisioneira modelo, trabalhando na oficina de costura, se tornando uma mãe para outras detentas. Quando foi anunciado que ela iria sair em condicional da prisão, houve uma polêmica na comunidade de Indiana. Jenny Likens e sua família apareceram na TV para protestar contra a libertação, grupos de proteção à pessoa também se manifestaram, sendo que no decorrer de dois meses um grupo coletou assinatura de moradores de Indiana contra Gertrude.

Apesar de tudo, ela conseguiu a liberdade, e se declarou culpada sobre tudo que havia ocorrido com Sylvia. Gertrude saiu da prisão em 4 de dezembro de 1985 e viajou para Iowa, onde morreu de câncer no pulmão cinco anos depois, em 16 de junho de 1990, com 60 anos.

Crédito para a Wikipédia.