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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Caso Parker-Hulme

O caso Parker-Hulme foi um assassinato ocorrido em Christchurch (Nova Zelândia) em 1954. O caso teve notoriedade quando uma mulher foi assassinada por sua filha mais velha e sua melhor amiga. O assassinato deu origem ao filme “Almas Gêmeas”, de 1994, que foi o filme que introduziu Kate Winslet no cinema.

Pauline Yvonne Parker nasceu ilegítima em 26 de maio de 1938 em Christchurch, Nova Zelândia, e viveu entediada na Gloucester Street, 31, até conhecer Juliet Marion Hulme. Recém chegada da Inglaterra, Juliet nascera em Blackheath, Londres, em 28 de outubro de 1938. Seu pai era o físico Dr. Henry Hulme. As duas moças tornaram amigas próximas, mas essa amizade transbordou para a paixão física, e elas consumaram a união e “representaram como os santos fariam amor”. Elas “anotavam em livros de exercícios efusões que chamavam de romances, passando muito tempo na cama juntas”. Os pais das jovens tentaram romper o relacionamento, que não consideravam saudável.

Quando crianças, Pauline sofria de osteomielite e Juliet tinha sofrido de tuberculose, a última foi enviada por seus pais para as Bahamas para se recuperar. As meninas inicialmente ligadas por suas respectivas doenças, mas, como a sua amizade desenvolvida, elas formaram uma vida de fantasia elaborada em conjunto. Elas frequentemente fugiam e passavam a noite representando as histórias envolvendo os personagens fictícios que haviam criado. Seus pais acharam isso perturbador e ficaram preocupados que seu relacionamento pudesse ser sexual. A homossexualidade na época era considerada uma doença mental (grave), por isso os dois conjuntos de pais tentaram impedir as meninas de ver uma a outra.


Pauline, à esquerda, e Juliet, à direita
Em 1954, os pais de Juliet se separaram, seu pai renunciou ao cargo de reitor de Canterbury College e planejava voltar para a Inglaterra. Decidiu-se então que Juliet seria enviado para viver com parentes na África do Sul, ostensivamente para sua saúde, mas também para que as meninas permanecessem separadas. Pauline disse à mãe que ela queria acompanhar Juliet, mas a mãe de Pauline deixou claro que não seria permitido. As meninas então formaram um plano para assassinar a mãe de Pauline e sair do país para os Estados Unidos, onde elas acreditavam que eles iriam publicar seus textos e trabalhos no cinema.

As duas jovens decidiram matar Honora Parker, de 45 anos. Em 22 de junho de 1954, elas colocaram meio tijolo dentro de uma meia calça (sei que o texto ta meio repetitivo, mas é para deixar bem claro) Juliet derrubou uma pedra ornamental, de forma que Honora abaixasse para pegá-la, e então elas a golpearam várias vezes na cabeça com o pedaço de tijolo. Quando a polícia encontrou o corpo, foram encontrados 45 ferimentos na cabeça da vítima. As jovens foram presas. Pauline mantinha um diário e nele havia referências sobre “atormentar” sua mãe. Pauline e Juliet foram a julgamento em 23 de agosto de 1954 por assassinato e foram condenadas em 29 de agosto. Ambas foram soltas em 1958. Dizem que houve a condição de que elas nunca mais se encontrassem ou fizessem contato uma com a outra, mas Sam Barnett, o então secretário da Justiça, disse aos jornalistas que não havia condição.

Anne Perry
Juliet Hulme logo após a libertação, mudou seu nome para “Anne Perry”, usando o sobrenome de seu padrasto. Voltou para a Inglaterra, para morar com sua mãe, no povoado escocês de Portmahomack. Se tornou uma famosa escritora de livros sobre assassinatos, histórias de detetives e mistérios. Nunca se casou, nem teve filhos.

Hilary Nathan

Pauline Parker, também após ser libertada, mudou seu nome. Se chamaria “Hilary Nathan”. Depois de passar um tempo vivendo na Nova Zelândia, ante a vigilância das autoridades, se mudou para a Inglaterra. Ingressou em um convento católico e se converteu. Atualmente, também reside na Inglaterra, nas ilhas Órcades. Não se casou, nem teve filhos. Se negou a falar com a imprensa sobre o assassinato de sua mãe, e apenas disse ter remorso e estar arrependida.

Créditos à Pas de Masque e ao Medo B.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Kombi dos Palhaços

A lenda conta de uma Kombi que geralmente parava em locais onde houvesse grande trânsito de crianças, para distribuir doces, salgadinhos e fazer brincadeiras. Porém, o objetivo dos palhaços era atrair essas crianças e sequestrá-las, para fins que variam conforme a versão: pedir resgate, roubar órgãos para o mercado negro, dar as crianças para adoção estrangeira ou injetar drogas ilícitas que viciassem o jovem.

Alguns diziam que os palhaços eram, às vezes, acompanhados por uma bailarina que atraía as meninas, que também seriam vítimas de abusos sexuais. Também se escutava que os palhaços ou a bailarina usava um filhote de cachorro para ter a atenção de crianças que não eram muito chegadas a doces. Uma outra lenda, parecida e geralmente contada junto à dos palhaços da Kombi, eram de palhaços (ou homens vestidos normalmente) que vendiam chicletes que vinham com uma tatuagem falsa para as crianças brincarem.

A tatuagem, porém, continha uma substância que penetrava a pele das crianças, tornando-as viciadas em drogas. Essas lendas circulavam muito durante essa época. Eu mesma cheguei a ouvir conselhos da minha mãe para nunca chegar perto de uma Kombi nem comprar chicletes com tatuagens. Diversas crianças ficaram aterrorizadas com essas histórias, muitas pararam de sair às ruas e diversas outras passaram a odiar palhaços. Até hoje, não há nenhum registro real de que essa “máfia de palhaços” realmente tenha existido, ou se é mais uma lenda para tentar fazer as crianças ficarem mais controláveis, ou impedir que falem com estranhos.

Créditos ao Mr Malas.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Gilles de Rais

Gilles de Montmorency-Laval nasceu em Machecoul (Bretanha) no dia 10 de setembro de 1404. Ficou conhecido como Gilles de Rais (ou de Retz) após se tornar o barão deste local. Foi um nobre francês e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.

Gilles é acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.

Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.

Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.

Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.

Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.

Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de Joana D’Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gilles de Rais era tão importante que, ainda novo, quando Carlos VII foi ser coroado rei, Gilles foi um dos poucos a ter uma lugar de honra na cerimônia. Mas logo Gilles de Rais se afastou da vida pública e da carreira militar, ficando mais recluso em suas imensas fazendas, já separado de sua mulher.

Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D’Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente sequestrados por ‘bruxas’. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.

Ele utilizou, além do castelo de Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.

Uma das primeiras vítimas seria um belo garoto chamado Etienne Corrillaut, também conhecido como Poitou. Mas, antes de ser morto, um criado de Gilles sugeriu que ele fosse poupado e transformado em pajem, isto é, um auxiliar para serviços gerais. Poitou acabaria por se juntar a Gilles em suas práticas homicidas, mais tarde.

O sadismo de Gilles de Rais, em algum momento, misturou-se com o desejo de recuperar sua riqueza, e então ele enveredou na magia negra. No final da década de 1430, Gilles de Rais e um padre italiano começaram a praticar rituais em que o sangue de crianças era misturado a ferro e chumbo, na esperança de que daí nascesse ouro.

Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo.

Mas quantas crianças Gilles de Rais realmente matou, afinal? Umas 200 crianças, dizem as fontes mais otimistas. Outros acreditam que este número pode chegar a 800! Fato concreto é que, em uma torre, em uma de suas propriedades, foram encontrados restos desmembrados de 40 a 50 crianças. Muitas crianças possivelmente tinham os restos queimados, por isto nunca foram encontradas.

No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus colaboradores, incluindo Poitou, foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.

Créditos ao Wikipédia e ao O Serial Killer. Recomendo que vejam o caso de Gilles de Rais, onde explica o que ele fez mais detalhadamente.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Chico Picadinho

Chico Picadinho, alcunha de Francisco Rocha Costa é um assassino em série brasileiro que esquartejou duas mulheres nos anos de 1966 e 1976. Seu pai era um homem muito severo e, sua mãe, era uma mulher que tinha muitos amantes, estes quase sempre casados.

Francisco cometeu seu primeiro assassinato em 1966, quando vivia uma vida muito boêmia, com muita bebedeira e mulheres, também usava drogas. Com o passar do tempo necessitava todos os dias fazer sexo, sair e beber muito. Seu primeiro assassinato seguido de esquartejamento foi em 1966.

Sua vítima era Margareth, uma boêmia conhecida de seus amigos. Após passarem em alguns restaurantes e bares, Francisco a convidou para terem relações sexuais. Assim ela aceitou ir ao apartamento, na época o apartamento era dele e de Caio (amigo cirurgião-médico da aeronáutica).

Francisco nem chegou a consumar o ato. Após algum tempo, ele começou a ter um jeito violento, e tentou estrangulá-la (de fato o fez), com a mão, e terminou com o cinto. Após ver Margareth morta no quarto, pensou que deveria sumir com o corpo dali. Tirou o trinco da porta do banheiro para melhor locomoção, levou-a, e deitou de barriga para cima. Usou instrumentos bem estranhos, na realidade, os primeiros que viu pela frente: gilete, tesoura e faca foram os principais usados.

Começou a cortar pelos seios, depois foi tirando os músculos e cortando nas articulações, a fim de que o corpo ficasse menor para poder esconder… Vale ressaltar que Francisco esquartejou Margareth pelo fato de ter medo das ações que viriam após ter causado sua morte, concluindo assim que teria de esconder o corpo. Demorou cerca de 03 a 04 horas até desmembrar a vítima e colocar dentro de uma sacola (pois também sabia que o amigo com quem dividia seu apartamento estaria para chegar).

Quando Caio chegou, Francisco disse que tinha uma coisa para contar, e falou que havia matado alguém. Não contou como, nem porque, mas disse que o corpo ainda estava no apartamento. Pediu um tempo para Caio para que pudesse avisar sua mãe e contratar um advogado. De fato, viajou à procura de sua mãe. Ao chegar, avisou uma amiga e não teve coragem de falar o que realmente acontecera, apenas informando que algo de grave havia ocorrido, e pedindo para avisar sua mãe. Ao retornar, seu amigo Caio havia avisado ao delegado de homicídios, que prendeu Francisco, que não reagiu à prisão em momento algum.

Após ter sido liberado por bom comportamento, Francisco voltou a cometer um esquartejamento, porém, desta vez, destrinchou sua vítima com um cuidado muito maior, e tentou jogar alguns pedaços pelo vaso. A vítima se chamava Suely e tinha vários codinomes. Depois de matá-la e esquartejá-la, tentando fazer com que o vaso levasse partes do corpo, ele não consegue colocar o corpo todo no vaso sanitário, e depois anda com as partes do corpo da moça.

Foi detido e condenado pela primeira vez por ter assassinado e esquartejado uma bailarina. Para se livrar do corpo, colocou os pedaços dentro de uma caixa de papelão em um apartamento alugado em São Paulo, fugindo em seguida para o Rio de Janeiro; ele de fato não fugiu para o Rio de Janeiro, mas avisou seu amigo Caio, e após isso pediu certo tempo para avisar sua família e contratar um advogado. Caio, já sabendo do crime, ficou sem saber ao certo o que devia fazer, e contatou a Delegacia de Homicídios.

Na época, a exibição pela imprensa das fotos de suas vítimas cortadas em pedaços sensibilizou bastante a opinião pública, fazendo com que o criminoso fosse condenado a 30 anos de prisão.

Em 1994, Francisco passa por um novo exame de sanidade mental, e por ser considerado perigosíssimo no resultado dos exames, Francisco continua preso até hoje, apesar de já ter cumprido a pena máxima prevista pelo Código Penal Brasileiro, que corresponde a um período de trinta anos. Hoje, encontra-se no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Arnaldo Amado Ferreira, na cidade de Taubaté.

Estudante de Direito à época dos crimes, Francisco é um homem muito lucido. Até hoje passa seus dias na prisão praticando a pintura. Ao cometer seus crimes, ele agiu sob a influência do romance Crime e Castigo de Dostoiévsky, a quem chamou de Deus numa entrevista. Também é um grande fã da obra de Kafka.

Créditos ao Wikipédia.

Pedro Alonso López

Pedro Alonso López nasceu em Santa Isabel, departamento colombiano de Tolima, no dia 08 de outubro de 1948. É um assassino em série confesso, acusado de ter matado e estuprado mais de 300 pessoas em três países (Peru, Colômbia e Equador). Pedro ficou conhecido como “Monstro dos Andes” em 1980, quando ele levou a polícia aos túmulos de 53 das suas vítimas, no Equador.

Seu pai, Megdardo Reyes, era um membro do Partido Conservador da Colômbia. Morreu por causa de uma bala que atravessou seu corpo em meio a uma guerra civil da época, apenas seis meses antes do nascimento de Pedro. Então Pedro nasce sem conhecer seu pai e como sendo o sétimo de 13 filhos, no meio de uma casa marcada pela pobreza.

Ele tinha oito anos quando saiu de casa. Ele diz que sua mãe, ao encontrá-lo acariciando os seios da irmã mais nova, com tentativa de fazer sexo com ela, o colocou para fora de casa. Quando Pedro voltou para casa no dia seguinte sua mãe levou-o embora de ônibus, e o deixou a 200 km de casa. Pedro disse que sua mãe era uma mulher dominadora, abusiva e tirânica.

Um dia, quando Pedro estava na rua, um homem bondoso e velho se aproximou dele para oferecer comida e um lugar para viver. Diante de tal generosidade e compaixão aparente, o menino ingênuo concordou e foi com o estranho. Então, em vez de alimentá-lo, o homem o levou para um prédio abandonado e sodomizou-lhe não uma, mas muitas vezes.

Anos mais tarde Pedro disse que ele havia se tornado o que era pelo impacto que causou-lhe ao ver sua mãe se prostituindo e, mais ainda, pela violação de que foi vítima aos seus oito anos: “Eu perdi minha inocência na idade de oito anos, então eu decido fazer o mesmo com tantas meninas como eu poderia”.

Como muitas crianças, Pedro foi exposto a muitos abusos por parte de adultos estranhos. Ele era um menino de rua, como as mães dizem para os filhos na Colômbia, e como tal tinha de ser associado com os outros meninos de rua se ele quisesse sobreviver. Mas esta associação tinha seus terríveis males: estava entre seu grupo quando aprendeu a fumar crack e onde, por vezes, tinha de participar das brigas horríveis com facas quando havia disputas sobre bancos ou outros locais para dormir, como becos e prédios abandonados. Estes e outros problemas, como ter que revirar o lixo em busca de comida, duraram até Pedro completar nove anos.

Depois de caminhar como um vagabundo pelas ruas de Bogotá, Pedro foi resgatado por um casal de idosos americanos. Naturalmente Pedro aceitou na visão de que, agora, era um homem com sua esposa ambos de idade avançada, que não pareciam perigosos. Por cerca de três anos tudo ocorreu bem: tinha comida, educação e bom tratamento pelo casal. Assim foi até os 12 anos. Pedro invadiu uma escola e roubou todo o dinheiro que havia no escritório, e nunca mais voltou.

Seis foram os anos que se passaram desde que Pedro tinha voltado as ruas, depois de sair da casa do casal americano. Por um tempo procurou por trabalho, mas nunca conseguiu nada por não ter nenhuma experiência de trabalho e pouca formação educacional. Então começou a viver de furtos, sofrendo frequentes prisões, mas nunca sem antes receber uma surra...

Quando se tornou um adolescente mais velho (quase um adulto), Pedro conseguiu tornar-se um ladrão de carros, tão hábil que até chegou a ser admirado pelos novatos na área, bem pago em grande demanda por aqueles que controlavam os negócios.

Apesar de sua ter toda sua habilidade, esta não foi suficiente para evitar sua prisão em 1969, quando ele tinha 21 anos, e acabou sendo condenado à sete anos de prisão.

Não passara-se nem dois dias quando o fantasma do passado voltou a lhe assombrar: dois detentos velhos, sem nenhuma razão aparente, agarram-no e estupraram-no porém, desta vez, Pedro não tinha nem 08 e nem 12 anos de idade, e ele sabia que poderia se vingar. Ele buscou por uma faca na prisão e cortou a garganta de seus estupradores. A punição para a vingança foi de dois anos adicionais a sentença de prisão, desde que o ato fosse considerado um assassinato em legítima defesa.

Ao ser solto, começou matando meninas. Em 1978, já havia assassinado mais de 100 meninas no Peru. Mudou-se para a Colômbia e Equador, onde matava em média de três vezes por semana. Ele gostava mais de matar meninas equatorianas, pois segundo ele, eram mais gentis e confiáveis, mais inocentes. A polícia atribuiu o grande número de desaparecimentos de meninas às atividades de escravização e prostituição na área.

Em 1980, uma enchente repentina revelou a primeira de suas vítimas. Quando foi preso, contou aos investigadores as assustadoras histórias de sua trilha de morte. No início, as autoridades estavam cépticas sobre o relatado, mas todas as dúvidas desapareceram quando ele mostrou o local onde estavam enterradas mais de 50 corpos. Acredita-se que 300 assassinatos ainda seja uma baixa estimativa para este serial killer.

Após ter cumprido os 20 anos de pena máxima no Equador, foi libertado em 1998 e nunca mais foi visto.

Créditos ao Wikipédia e ao Memórias Assombradas.

Erzsébet Báthory

A condessa Erzsébet Báthory, em português Elizabeth ou Isabel Báthory, nasceu em Nyírbátor, que então pertencia ao Reino da Hungria e hoje pertence à República Eslovaca, no dia 07 de agosto de 1560. É considerada uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu e, como consequência, ficou conhecida como ‘A Condessa Sangrenta’ e também de ‘A Condessa Drácula’.

Filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre a Turquia e a Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.

Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.

Sua vida adulta passou, na maior parte, no Castelo Čachtice, perto da cidade de Vishine, a nordeste do que é hoje a Bratislava, onde a Áustria, a Hungria e a Eslováquia se juntam. Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio.

Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser “vampira” por morder e dilacerar a carne de suas criadas.

Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Elizabeth a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente. O marido de Elizabeth, o Conde Ferenc, juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico e até lhe ensinou algumas modalidades de punição: o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos.

Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (uma suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva, como ensinou seu marido.

Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pelos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.

Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Báthory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.

Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Báthory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a ideia de ter a “Infame Senhora” sepultada na cidade.

Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

Escritores posteriores retomariam a história, acrescentando alguns detalhes. Duas histórias ilustram as lendas que se formaram em torno de Erzsébet Báthory, apesar da ausência de registros jurídicos sobre sua vida e das tentativas de remover qualquer menção a ela na história da Hungria:


  • Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam currompidas pelo pecado original. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e Ficzko espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.
  • Uma segunda história refere-se ao comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, quando estava na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: “O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?”. O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.
Hoje, também existe o relato de que a condessa tenha sido, ela própria uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna. Lembre-se de que nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa Báthory. Enumeras referências são feitas, até hoje, a esta incontornável figura da história da Hungria, do vampirismo e do imaginário popular europeu no cinema, na literatura, na música e na arte em geral, nomeadamente no goticismo.

Créditos ao Wikipédia e ao Spectrum Gothic.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Westley Allan Dodd

Westley Allan Dodd nasceu em Richland (Washington) no dia 03 de julho de 1961. Foi um serial killer e molestador de crianças condenado à pena de morte. Sua execução em 05 de janeiro de 1993 foi o primeiro enforcamento legal nos Estados Unidos desde 1965. Westley tem sido chamado de ‘um dos assassinos mais perversos da história’.

Westley, ao contrário da maioria dos serias killers, nunca foi abusado ou neglicenciado. Westley afirmou que viveu em uma família rica e feliz, porém que nunca ouviu um ‘eu te amo’ de ninguém de sua família e também não se lembra de tê-lo dito.

Westley começou a abusar sexualmente das crianças ainda na adolescência, suas primeiras vítimas foram seus primos. Todas as suas vítimas (mais de 50 no total) eram do sexo masculino, com idade inferior a 12 anos; a mais jovem possuía 02 anos. Suas fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais violentas ao longo dos anos: Westley escreveu sobre o desejo de comer as genitais de suas vítimas.

Ele matou os irmãos Cole e William Neer (com idade entre 11 e 10 respectivamente), em Vancouver (Washington), no outono de 1989. Torturou, estuprou e assassinou Lee Iseli de quatro anos de idade. Em novembro de 1989 ele tentou sequestrar um menino de 6 anos do cinema Liberty, em Camas (Washington). Ele foi pego quando o padrasto do menino perseguiu-o e atacou-o.

Ele foi preso pela polícia de Camas e entrevistado por detetives da força-tarefa. Os Detetives de Portland Police Bureau, CW Jensen e Clark County e o detetive Rick Buckner obtiveram confissão de Westley e serviram o mandado de busca em sua casa. A polícia encontrou um rack de tortura caseira em sua casa, ainda não utilizado.

Westley foi sentenciado à morte em 1990 por molestar e depois esfaquear até a morte Neer Cole e seu irmão William, e pelo estupro e assassinato de Lee Iseli.

Ele se recusou a apelar o seu caso ou a pena capital, afirmando: “Eu devo ser executado antes que eu tenha uma oportunidade de escapar ou matar alguém dentro da prisão. Se eu fugir, eu prometo que vou matar os guardas da prisão se eu tiver quem e estuprar vou aproveitar cada minuto”. Enquanto no tribunal, ele disse que, se ele escapasse da prisão, ele iria imediatamente voltar para “matar e estuprar crianças”.

Sua execução foi testemunhada por 12 membros da mídia local e regional, os funcionários da prisão, e representantes das famílias das três vítimas. Ele comeu salmão e batatas em sua última refeição. Suas últimas palavras, pronunciadas a partir do segundo andar da forca interior, foram registrados pela mídia como testemunhas:

“Certa vez me perguntaram, não me lembro quem, se havia alguma maneira de parar criminosos sexuais. Eu disse que não. Eu estava errado. Eu estava errado quando eu disse que não havia esperança, não havia paz. Há esperança. Há paz. Encontrei no Senhor, Jesus Cristo. Olhai para o Senhor, e você vai encontrar a paz.”

Dodd foi declarado morto pelo médico da prisão e seu corpo transportado para Seattle para autópsia. O Dr. Donald Reay, descobriu que Dodd tinha morrido rapidamente e provavelmente com pouca dor. Ele foi cremado após a autópsia, e suas cinzas entregues a sua família.

Créditos ao Wikipédia EN.