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domingo, 16 de junho de 2013

Gertrude Baniszewski

Gertrude
Gertrude Nadine Baniszewski, nascida à 19 de setembro de 1929, foi uma conhecida mulher do estado de Indiana (EUA) que, junto com os filhos e outras crianças da região, torturou até a morte Sylvia Likens, uma garota de dezesseis anos. Pelo crime, Grertrude foi condenada a prisão perpétua no caso conhecido como “o mais terrível crime cometido a uma pessoa no estado de Indiana”.

Era filha de Hugh e Mollie van Fossan e a terceira de seis irmãos. Cinco anos após a morte de seu pai, Gertrude abandonou a escola e se casou aos dezesseis anos com John Baniszewski, com quem ela teve quatro filhos.

Após dez anos o casamento teve fim e Gertrude se casou Edward Guthrie, e teve mais dois filhos, vindo a se separar novamente em 1963. Então quando contava com a idade de 34 anos, Gertrude novamente se casou pela terceira vez com Dennis Lee Wright, de 23 anos. Com ele, Grertrude teve um filho: Dennis Jr, mas logo após isso Wright a abandonou e desapareceu.

Em julho de 1965, Lester e Betty Likens, dois atores circenses, deixaram suas duas filhas Sylvia Marie Likens (16) e Jenny Faye Likens (15) na casa de Gertrude por U$ 20,00 por semana enquanto eles viajavam pelo país. As duas garotas conheciam as filhas de Gertrude e frequentavam a mesma escola e igreja que elas.
Sylvia

Sylvia Marie Likens era a filha do meio entre seus dois irmãos mais velhos, Diana e Daniel, que eram gêmeos, e de Jenny, um ano mais nova que Sylvia. O casamento dos Linkens era instável, e eles viviam se mudando diversas vezes. Sylvia constantemente era obrigada a ficar com parentes ou conhecidos quando seus pais estavam em turnê com o circo.

Em agosto de 1965, quando o pagamento começou a atrasar, Gertrude começou a ofender e a bater em Sylvia, além de deixar que seus filhos e outras crianças batessem nela. Gertrude acusava as garotas de serem prostitutas, e dava sermões sobre esses assuntos para as crianças sempre usando Sylvia e Jenny como exemplos.

Após as Likens espalharem pelo colégio que Paula e Stephanie, duas das filhas de Gertrude, eram prostitutas, o namorado de Stephanie (Coy Hubbard) e outros colegas dele foram convidados para assistir Gertrude agredir Sylvia. Jenny também era obrigada a bater em Sylvia.

Logo Sylvia foi tirada da escola e os abusos aumentaram mais ainda. Certa vez, após acusar novamente da menina ser uma prostituta, Gertrude chamou os meninos da vizinhança e obriu Sylvia a enfiar uma garrafa de Coca-Cola na vagina.

Após o incidente com a Coca-Cola Sylvia urinou na cama e, como consequência, foi trancafiada no porão da casa. Gertrude começou a banhar ela e Jenny com água quente, segundo ela para “limpas os pecados”. Ela ficava nua no porão e poucas vezes era alimentada. De tempos em tempos, Gertrude e seus filhos faziam com que Sylvia comesse suas próprias fezes.

Nessa época Jenny escreveu uma carta para a irmã mais velha, Diana, contando o horror que ela e Sylvia passavam, pedindo para que ela chamasse a polícia. Diana não acreditou em Jenny pois achava que ela havia feito algo na casa de Gertrude e estava querendo sair de lá para ficar com ela em sua casa.

Tempos depois Diana veio visitar as irmãs, mas Gertrude se negou a deixá-la entrar. Diana ficou nas proximidades até avistar Jenny. Jenny disse a irmã que não estava autorizada a falar com ela e depois fugiu. Preocupada, Diana ligou para o serviço social. Quando a assistente social foi na casa dos Baniszewski, Gertrude ameaçou Jenny dizendo que se ela falasse algo iria ocorrer a mesma coisa que ocorria com Sylvia. Assustada com isso, Jenny disse a assistente que Sylvia tinha fugido de casa.

Em 21 de outubro, Gertrude pediu para que seu filho John Jr, Stephanie e seu namorado trouxessem Sylvia para uma cama. Sylvia urinou novamente e, como consequência, Gertrude a fez enfiar de novo uma garrafa de Coca-Cola na vagina, antes de começar a grafar a frase “I’m a prostitute and proud of it” na barriga de Sylvia. Quando Gertrude não conseguiu mais tatuar a frase, ela pediu para que Richard Hobbs terminasse.

No dia seguinte ela obrigou Sylvia a escrever uma carta para seus pais dizendo que iria fugir de casa. Após isso Gertrudes começou a elaborar um plano para deixar Sylvia em algum lugar ermo para que ela morresse. Quando Sylvia ouviu isso ela tentou fugir, mas foi pega por Gertrude e foi jogada novamente no porão.

Em 24 de outubro Coy Hubbard, o namorado de Stephanie, bateu violentamente com um cabo de vassoura na cabeça de Sylvia. Na manhã do dia 26, Gertrude disse que daria um banho em Sylvia e pediu para que Stephanie e Richard Hobbs trouxessem a menina para cima. Porém eles perceberam que ela não respirava e tentaram ressuscitá-la com uma respiração boca-a-boca, porém Sylvia já estava morta.

Stephanie ficou em pânico e pediu que Hobbs chamasse a polícia. Quando eles chegaram, Gertrude mostrou a carta que havia obrigado Sylvia escrever. Nesse período, Jenny abordou um dos policias e sussurrou para que ele a tirasse de lá que ela contaria tudo o que tinha acontecido. O depoimento de Jenny, combinado com o descobrimento do corpo de Sylvia, fez com que os policias prendessem Gertrude, Paula, Stephanie, John Jr, Richard Hobbs e Coy Hubbard por assassinato. Outras crianças da vizinhança como Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke e Anna Siscoe também foram levadas.

Gertrude, seus filhos, Richard Hobbs e Coy Hubbard foram presos sem direito à fiança, até o julgamento. Um exame de autopsia feito mais tarde revelou que Sylvia tinha diversas queimaduras, contusões musculares e inúmeras lesões físicas. Perto da morte, os lábios de Sylvia estavam quase se separando um do outro. Sua cavidade vaginal estava inchada, mas os exames provaram que ela ainda era virgem, sendo que seu hímen estava intacto. A causa oficial da morte foi hemorragia cerebral, além de lesões prolongadas em sua pele.

Gertrude Baniszewski foi acusada de assassinato em primeiro grau. Ela foi sentenciada a prisão perpétua sem direito a condicional.

Após apelar, Gertrude ganhou um novo julgamento, porém foi novamente condenada. Ao longo dos dezoito anos em que ficou presa, Gertrude foi uma prisioneira modelo, trabalhando na oficina de costura, se tornando uma mãe para outras detentas. Quando foi anunciado que ela iria sair em condicional da prisão, houve uma polêmica na comunidade de Indiana. Jenny Likens e sua família apareceram na TV para protestar contra a libertação, grupos de proteção à pessoa também se manifestaram, sendo que no decorrer de dois meses um grupo coletou assinatura de moradores de Indiana contra Gertrude.

Apesar de tudo, ela conseguiu a liberdade, e se declarou culpada sobre tudo que havia ocorrido com Sylvia. Gertrude saiu da prisão em 4 de dezembro de 1985 e viajou para Iowa, onde morreu de câncer no pulmão cinco anos depois, em 16 de junho de 1990, com 60 anos.

Crédito para a Wikipédia.

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