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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Gilles de Rais

Gilles de Montmorency-Laval nasceu em Machecoul (Bretanha) no dia 10 de setembro de 1404. Ficou conhecido como Gilles de Rais (ou de Retz) após se tornar o barão deste local. Foi um nobre francês e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.

Gilles é acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.

Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.

Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.

Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.

Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.

Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de Joana D’Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gilles de Rais era tão importante que, ainda novo, quando Carlos VII foi ser coroado rei, Gilles foi um dos poucos a ter uma lugar de honra na cerimônia. Mas logo Gilles de Rais se afastou da vida pública e da carreira militar, ficando mais recluso em suas imensas fazendas, já separado de sua mulher.

Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D’Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente sequestrados por ‘bruxas’. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.

Ele utilizou, além do castelo de Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.

Uma das primeiras vítimas seria um belo garoto chamado Etienne Corrillaut, também conhecido como Poitou. Mas, antes de ser morto, um criado de Gilles sugeriu que ele fosse poupado e transformado em pajem, isto é, um auxiliar para serviços gerais. Poitou acabaria por se juntar a Gilles em suas práticas homicidas, mais tarde.

O sadismo de Gilles de Rais, em algum momento, misturou-se com o desejo de recuperar sua riqueza, e então ele enveredou na magia negra. No final da década de 1430, Gilles de Rais e um padre italiano começaram a praticar rituais em que o sangue de crianças era misturado a ferro e chumbo, na esperança de que daí nascesse ouro.

Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo.

Mas quantas crianças Gilles de Rais realmente matou, afinal? Umas 200 crianças, dizem as fontes mais otimistas. Outros acreditam que este número pode chegar a 800! Fato concreto é que, em uma torre, em uma de suas propriedades, foram encontrados restos desmembrados de 40 a 50 crianças. Muitas crianças possivelmente tinham os restos queimados, por isto nunca foram encontradas.

No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus colaboradores, incluindo Poitou, foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.

Créditos ao Wikipédia e ao O Serial Killer. Recomendo que vejam o caso de Gilles de Rais, onde explica o que ele fez mais detalhadamente.

Um comentário:

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