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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Caso Parker-Hulme

O caso Parker-Hulme foi um assassinato ocorrido em Christchurch (Nova Zelândia) em 1954. O caso teve notoriedade quando uma mulher foi assassinada por sua filha mais velha e sua melhor amiga. O assassinato deu origem ao filme “Almas Gêmeas”, de 1994, que foi o filme que introduziu Kate Winslet no cinema.

Pauline Yvonne Parker nasceu ilegítima em 26 de maio de 1938 em Christchurch, Nova Zelândia, e viveu entediada na Gloucester Street, 31, até conhecer Juliet Marion Hulme. Recém chegada da Inglaterra, Juliet nascera em Blackheath, Londres, em 28 de outubro de 1938. Seu pai era o físico Dr. Henry Hulme. As duas moças tornaram amigas próximas, mas essa amizade transbordou para a paixão física, e elas consumaram a união e “representaram como os santos fariam amor”. Elas “anotavam em livros de exercícios efusões que chamavam de romances, passando muito tempo na cama juntas”. Os pais das jovens tentaram romper o relacionamento, que não consideravam saudável.

Quando crianças, Pauline sofria de osteomielite e Juliet tinha sofrido de tuberculose, a última foi enviada por seus pais para as Bahamas para se recuperar. As meninas inicialmente ligadas por suas respectivas doenças, mas, como a sua amizade desenvolvida, elas formaram uma vida de fantasia elaborada em conjunto. Elas frequentemente fugiam e passavam a noite representando as histórias envolvendo os personagens fictícios que haviam criado. Seus pais acharam isso perturbador e ficaram preocupados que seu relacionamento pudesse ser sexual. A homossexualidade na época era considerada uma doença mental (grave), por isso os dois conjuntos de pais tentaram impedir as meninas de ver uma a outra.


Pauline, à esquerda, e Juliet, à direita
Em 1954, os pais de Juliet se separaram, seu pai renunciou ao cargo de reitor de Canterbury College e planejava voltar para a Inglaterra. Decidiu-se então que Juliet seria enviado para viver com parentes na África do Sul, ostensivamente para sua saúde, mas também para que as meninas permanecessem separadas. Pauline disse à mãe que ela queria acompanhar Juliet, mas a mãe de Pauline deixou claro que não seria permitido. As meninas então formaram um plano para assassinar a mãe de Pauline e sair do país para os Estados Unidos, onde elas acreditavam que eles iriam publicar seus textos e trabalhos no cinema.

As duas jovens decidiram matar Honora Parker, de 45 anos. Em 22 de junho de 1954, elas colocaram meio tijolo dentro de uma meia calça (sei que o texto ta meio repetitivo, mas é para deixar bem claro) Juliet derrubou uma pedra ornamental, de forma que Honora abaixasse para pegá-la, e então elas a golpearam várias vezes na cabeça com o pedaço de tijolo. Quando a polícia encontrou o corpo, foram encontrados 45 ferimentos na cabeça da vítima. As jovens foram presas. Pauline mantinha um diário e nele havia referências sobre “atormentar” sua mãe. Pauline e Juliet foram a julgamento em 23 de agosto de 1954 por assassinato e foram condenadas em 29 de agosto. Ambas foram soltas em 1958. Dizem que houve a condição de que elas nunca mais se encontrassem ou fizessem contato uma com a outra, mas Sam Barnett, o então secretário da Justiça, disse aos jornalistas que não havia condição.

Anne Perry
Juliet Hulme logo após a libertação, mudou seu nome para “Anne Perry”, usando o sobrenome de seu padrasto. Voltou para a Inglaterra, para morar com sua mãe, no povoado escocês de Portmahomack. Se tornou uma famosa escritora de livros sobre assassinatos, histórias de detetives e mistérios. Nunca se casou, nem teve filhos.

Hilary Nathan

Pauline Parker, também após ser libertada, mudou seu nome. Se chamaria “Hilary Nathan”. Depois de passar um tempo vivendo na Nova Zelândia, ante a vigilância das autoridades, se mudou para a Inglaterra. Ingressou em um convento católico e se converteu. Atualmente, também reside na Inglaterra, nas ilhas Órcades. Não se casou, nem teve filhos. Se negou a falar com a imprensa sobre o assassinato de sua mãe, e apenas disse ter remorso e estar arrependida.

Créditos à Pas de Masque e ao Medo B.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Kombi dos Palhaços

A lenda conta de uma Kombi que geralmente parava em locais onde houvesse grande trânsito de crianças, para distribuir doces, salgadinhos e fazer brincadeiras. Porém, o objetivo dos palhaços era atrair essas crianças e sequestrá-las, para fins que variam conforme a versão: pedir resgate, roubar órgãos para o mercado negro, dar as crianças para adoção estrangeira ou injetar drogas ilícitas que viciassem o jovem.

Alguns diziam que os palhaços eram, às vezes, acompanhados por uma bailarina que atraía as meninas, que também seriam vítimas de abusos sexuais. Também se escutava que os palhaços ou a bailarina usava um filhote de cachorro para ter a atenção de crianças que não eram muito chegadas a doces. Uma outra lenda, parecida e geralmente contada junto à dos palhaços da Kombi, eram de palhaços (ou homens vestidos normalmente) que vendiam chicletes que vinham com uma tatuagem falsa para as crianças brincarem.

A tatuagem, porém, continha uma substância que penetrava a pele das crianças, tornando-as viciadas em drogas. Essas lendas circulavam muito durante essa época. Eu mesma cheguei a ouvir conselhos da minha mãe para nunca chegar perto de uma Kombi nem comprar chicletes com tatuagens. Diversas crianças ficaram aterrorizadas com essas histórias, muitas pararam de sair às ruas e diversas outras passaram a odiar palhaços. Até hoje, não há nenhum registro real de que essa “máfia de palhaços” realmente tenha existido, ou se é mais uma lenda para tentar fazer as crianças ficarem mais controláveis, ou impedir que falem com estranhos.

Créditos ao Mr Malas.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Gilles de Rais

Gilles de Montmorency-Laval nasceu em Machecoul (Bretanha) no dia 10 de setembro de 1404. Ficou conhecido como Gilles de Rais (ou de Retz) após se tornar o barão deste local. Foi um nobre francês e soldado que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.

Gilles é acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, ele é considerado por alguns historiadores como precursor do assassino em série moderno.

Seu pai foi Guy de Montmorency-Laval e sua mãe era Marie de Craon. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância. Fora uma criança inteligente, falando, inclusive, latim fluentemente. Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. Ele ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho, o que fez com que moldasse a personalidade de Gilles. Mas no começo, Jean dava muito mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que esse vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu alter ego e heróis em livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e matavam sem dever explicações a ninguém.

Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma grande armadura milanesa e o proclamou cavaleiro. Logo já manejava uma espada e destruia seus bonecos de treino e já demonstrava sua agressividade. Primeiramente com animais, mas logo com seres humanos. Aos 15 anos, cometeria seu primeiro assassinato. Ele chamou seu amigo Antoin para um duelo, que este pensava ser inofensivo. No entanto Gilles levou o duelo a sério e acabou atingindo Antoin com a espada, que agonizou até a morte. Nessa ocasião ele não foi sequer acusado, pois era nobre e Antoin por sua vez, era de origem humilde.

Sua enorme agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual poderia descontar a fúria nos inimigos. Lutava sempre na vanguarda dos soldados (tropas pagas por ele) contra os ingleses, e parecia outra pessoa quando lutava, tamanha era sua habilidade.

Após uma das campanhas ele se casou com Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha, em 1420. Em 1429, Catherine daria à luz a única filha do casal, Marie. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficava evidente o caráter de bissexualidade do homem.

Mais tarde, Gilles lutaria ao lado de Joana D’Arc, pela qual possuía uma estima muito grande, novamente contra os ingleses, retornando vitorioso a Paris.

Gilles de Rais era tão importante que, ainda novo, quando Carlos VII foi ser coroado rei, Gilles foi um dos poucos a ter uma lugar de honra na cerimônia. Mas logo Gilles de Rais se afastou da vida pública e da carreira militar, ficando mais recluso em suas imensas fazendas, já separado de sua mulher.

Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D’Arc e em festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, previamente sequestrados por ‘bruxas’. Para defender-se de acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.

Ele utilizou, além do castelo de Tiffauges, o castelo de Machecoul e a casa de Suze para cometer seus delitos.

Uma das primeiras vítimas seria um belo garoto chamado Etienne Corrillaut, também conhecido como Poitou. Mas, antes de ser morto, um criado de Gilles sugeriu que ele fosse poupado e transformado em pajem, isto é, um auxiliar para serviços gerais. Poitou acabaria por se juntar a Gilles em suas práticas homicidas, mais tarde.

O sadismo de Gilles de Rais, em algum momento, misturou-se com o desejo de recuperar sua riqueza, e então ele enveredou na magia negra. No final da década de 1430, Gilles de Rais e um padre italiano começaram a praticar rituais em que o sangue de crianças era misturado a ferro e chumbo, na esperança de que daí nascesse ouro.

Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento (altamente detalhado nas escritas do século XV), ele se declarou, a princípio, inocente. Entretanto, em um de seus transtornos de personalidade, dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo.

Mas quantas crianças Gilles de Rais realmente matou, afinal? Umas 200 crianças, dizem as fontes mais otimistas. Outros acreditam que este número pode chegar a 800! Fato concreto é que, em uma torre, em uma de suas propriedades, foram encontrados restos desmembrados de 40 a 50 crianças. Muitas crianças possivelmente tinham os restos queimados, por isto nunca foram encontradas.

No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus colaboradores, incluindo Poitou, foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.

Créditos ao Wikipédia e ao O Serial Killer. Recomendo que vejam o caso de Gilles de Rais, onde explica o que ele fez mais detalhadamente.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Chico Picadinho

Chico Picadinho, alcunha de Francisco Rocha Costa é um assassino em série brasileiro que esquartejou duas mulheres nos anos de 1966 e 1976. Seu pai era um homem muito severo e, sua mãe, era uma mulher que tinha muitos amantes, estes quase sempre casados.

Francisco cometeu seu primeiro assassinato em 1966, quando vivia uma vida muito boêmia, com muita bebedeira e mulheres, também usava drogas. Com o passar do tempo necessitava todos os dias fazer sexo, sair e beber muito. Seu primeiro assassinato seguido de esquartejamento foi em 1966.

Sua vítima era Margareth, uma boêmia conhecida de seus amigos. Após passarem em alguns restaurantes e bares, Francisco a convidou para terem relações sexuais. Assim ela aceitou ir ao apartamento, na época o apartamento era dele e de Caio (amigo cirurgião-médico da aeronáutica).

Francisco nem chegou a consumar o ato. Após algum tempo, ele começou a ter um jeito violento, e tentou estrangulá-la (de fato o fez), com a mão, e terminou com o cinto. Após ver Margareth morta no quarto, pensou que deveria sumir com o corpo dali. Tirou o trinco da porta do banheiro para melhor locomoção, levou-a, e deitou de barriga para cima. Usou instrumentos bem estranhos, na realidade, os primeiros que viu pela frente: gilete, tesoura e faca foram os principais usados.

Começou a cortar pelos seios, depois foi tirando os músculos e cortando nas articulações, a fim de que o corpo ficasse menor para poder esconder… Vale ressaltar que Francisco esquartejou Margareth pelo fato de ter medo das ações que viriam após ter causado sua morte, concluindo assim que teria de esconder o corpo. Demorou cerca de 03 a 04 horas até desmembrar a vítima e colocar dentro de uma sacola (pois também sabia que o amigo com quem dividia seu apartamento estaria para chegar).

Quando Caio chegou, Francisco disse que tinha uma coisa para contar, e falou que havia matado alguém. Não contou como, nem porque, mas disse que o corpo ainda estava no apartamento. Pediu um tempo para Caio para que pudesse avisar sua mãe e contratar um advogado. De fato, viajou à procura de sua mãe. Ao chegar, avisou uma amiga e não teve coragem de falar o que realmente acontecera, apenas informando que algo de grave havia ocorrido, e pedindo para avisar sua mãe. Ao retornar, seu amigo Caio havia avisado ao delegado de homicídios, que prendeu Francisco, que não reagiu à prisão em momento algum.

Após ter sido liberado por bom comportamento, Francisco voltou a cometer um esquartejamento, porém, desta vez, destrinchou sua vítima com um cuidado muito maior, e tentou jogar alguns pedaços pelo vaso. A vítima se chamava Suely e tinha vários codinomes. Depois de matá-la e esquartejá-la, tentando fazer com que o vaso levasse partes do corpo, ele não consegue colocar o corpo todo no vaso sanitário, e depois anda com as partes do corpo da moça.

Foi detido e condenado pela primeira vez por ter assassinado e esquartejado uma bailarina. Para se livrar do corpo, colocou os pedaços dentro de uma caixa de papelão em um apartamento alugado em São Paulo, fugindo em seguida para o Rio de Janeiro; ele de fato não fugiu para o Rio de Janeiro, mas avisou seu amigo Caio, e após isso pediu certo tempo para avisar sua família e contratar um advogado. Caio, já sabendo do crime, ficou sem saber ao certo o que devia fazer, e contatou a Delegacia de Homicídios.

Na época, a exibição pela imprensa das fotos de suas vítimas cortadas em pedaços sensibilizou bastante a opinião pública, fazendo com que o criminoso fosse condenado a 30 anos de prisão.

Em 1994, Francisco passa por um novo exame de sanidade mental, e por ser considerado perigosíssimo no resultado dos exames, Francisco continua preso até hoje, apesar de já ter cumprido a pena máxima prevista pelo Código Penal Brasileiro, que corresponde a um período de trinta anos. Hoje, encontra-se no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Arnaldo Amado Ferreira, na cidade de Taubaté.

Estudante de Direito à época dos crimes, Francisco é um homem muito lucido. Até hoje passa seus dias na prisão praticando a pintura. Ao cometer seus crimes, ele agiu sob a influência do romance Crime e Castigo de Dostoiévsky, a quem chamou de Deus numa entrevista. Também é um grande fã da obra de Kafka.

Créditos ao Wikipédia.

Pedro Alonso López

Pedro Alonso López nasceu em Santa Isabel, departamento colombiano de Tolima, no dia 08 de outubro de 1948. É um assassino em série confesso, acusado de ter matado e estuprado mais de 300 pessoas em três países (Peru, Colômbia e Equador). Pedro ficou conhecido como “Monstro dos Andes” em 1980, quando ele levou a polícia aos túmulos de 53 das suas vítimas, no Equador.

Seu pai, Megdardo Reyes, era um membro do Partido Conservador da Colômbia. Morreu por causa de uma bala que atravessou seu corpo em meio a uma guerra civil da época, apenas seis meses antes do nascimento de Pedro. Então Pedro nasce sem conhecer seu pai e como sendo o sétimo de 13 filhos, no meio de uma casa marcada pela pobreza.

Ele tinha oito anos quando saiu de casa. Ele diz que sua mãe, ao encontrá-lo acariciando os seios da irmã mais nova, com tentativa de fazer sexo com ela, o colocou para fora de casa. Quando Pedro voltou para casa no dia seguinte sua mãe levou-o embora de ônibus, e o deixou a 200 km de casa. Pedro disse que sua mãe era uma mulher dominadora, abusiva e tirânica.

Um dia, quando Pedro estava na rua, um homem bondoso e velho se aproximou dele para oferecer comida e um lugar para viver. Diante de tal generosidade e compaixão aparente, o menino ingênuo concordou e foi com o estranho. Então, em vez de alimentá-lo, o homem o levou para um prédio abandonado e sodomizou-lhe não uma, mas muitas vezes.

Anos mais tarde Pedro disse que ele havia se tornado o que era pelo impacto que causou-lhe ao ver sua mãe se prostituindo e, mais ainda, pela violação de que foi vítima aos seus oito anos: “Eu perdi minha inocência na idade de oito anos, então eu decido fazer o mesmo com tantas meninas como eu poderia”.

Como muitas crianças, Pedro foi exposto a muitos abusos por parte de adultos estranhos. Ele era um menino de rua, como as mães dizem para os filhos na Colômbia, e como tal tinha de ser associado com os outros meninos de rua se ele quisesse sobreviver. Mas esta associação tinha seus terríveis males: estava entre seu grupo quando aprendeu a fumar crack e onde, por vezes, tinha de participar das brigas horríveis com facas quando havia disputas sobre bancos ou outros locais para dormir, como becos e prédios abandonados. Estes e outros problemas, como ter que revirar o lixo em busca de comida, duraram até Pedro completar nove anos.

Depois de caminhar como um vagabundo pelas ruas de Bogotá, Pedro foi resgatado por um casal de idosos americanos. Naturalmente Pedro aceitou na visão de que, agora, era um homem com sua esposa ambos de idade avançada, que não pareciam perigosos. Por cerca de três anos tudo ocorreu bem: tinha comida, educação e bom tratamento pelo casal. Assim foi até os 12 anos. Pedro invadiu uma escola e roubou todo o dinheiro que havia no escritório, e nunca mais voltou.

Seis foram os anos que se passaram desde que Pedro tinha voltado as ruas, depois de sair da casa do casal americano. Por um tempo procurou por trabalho, mas nunca conseguiu nada por não ter nenhuma experiência de trabalho e pouca formação educacional. Então começou a viver de furtos, sofrendo frequentes prisões, mas nunca sem antes receber uma surra...

Quando se tornou um adolescente mais velho (quase um adulto), Pedro conseguiu tornar-se um ladrão de carros, tão hábil que até chegou a ser admirado pelos novatos na área, bem pago em grande demanda por aqueles que controlavam os negócios.

Apesar de sua ter toda sua habilidade, esta não foi suficiente para evitar sua prisão em 1969, quando ele tinha 21 anos, e acabou sendo condenado à sete anos de prisão.

Não passara-se nem dois dias quando o fantasma do passado voltou a lhe assombrar: dois detentos velhos, sem nenhuma razão aparente, agarram-no e estupraram-no porém, desta vez, Pedro não tinha nem 08 e nem 12 anos de idade, e ele sabia que poderia se vingar. Ele buscou por uma faca na prisão e cortou a garganta de seus estupradores. A punição para a vingança foi de dois anos adicionais a sentença de prisão, desde que o ato fosse considerado um assassinato em legítima defesa.

Ao ser solto, começou matando meninas. Em 1978, já havia assassinado mais de 100 meninas no Peru. Mudou-se para a Colômbia e Equador, onde matava em média de três vezes por semana. Ele gostava mais de matar meninas equatorianas, pois segundo ele, eram mais gentis e confiáveis, mais inocentes. A polícia atribuiu o grande número de desaparecimentos de meninas às atividades de escravização e prostituição na área.

Em 1980, uma enchente repentina revelou a primeira de suas vítimas. Quando foi preso, contou aos investigadores as assustadoras histórias de sua trilha de morte. No início, as autoridades estavam cépticas sobre o relatado, mas todas as dúvidas desapareceram quando ele mostrou o local onde estavam enterradas mais de 50 corpos. Acredita-se que 300 assassinatos ainda seja uma baixa estimativa para este serial killer.

Após ter cumprido os 20 anos de pena máxima no Equador, foi libertado em 1998 e nunca mais foi visto.

Créditos ao Wikipédia e ao Memórias Assombradas.

Erzsébet Báthory

A condessa Erzsébet Báthory, em português Elizabeth ou Isabel Báthory, nasceu em Nyírbátor, que então pertencia ao Reino da Hungria e hoje pertence à República Eslovaca, no dia 07 de agosto de 1560. É considerada uma das mulheres mais perversas e sanguinárias que a humanidade já conheceu e, como consequência, ficou conhecida como ‘A Condessa Sangrenta’ e também de ‘A Condessa Drácula’.

Filha de pais de famílias aristocráticas da Hungria, Elizabeth cresceu numa época em que as forças turcas conquistaram a maior parte do território Húngaro, sendo campo de batalhas entre a Turquia e a Áustria. Vários autores consideram esse o grande motivo de todo o seu sadismo, já que conviveu com todo o tipo de atrocidades quando criança, vendo inclusive suas irmãs sendo violentadas e mortas por rebeldes em um ataque ao seu castelo. Ainda durante sua infância, ficou sujeita à doenças repentinas acompanhadas por uma intensa ira e comportamento incontrolável, além de ataques epiléticos. Teve uma ótima educação, inclusive sendo excepcional pela sua inteligência. Falava fluentemente húngaro, latim e alemão. Embora capaz de cometer todo tipo de atrocidade, ela tinha pleno controle de suas faculdades mentais.

Aos 14 anos engravidou de um camponês, e como estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, fugiu para não complicar o casamento futuro; que ocorreu em maio de 1575. Seu marido era um oficial do exército que, dentre os turcos, ganhou fama de ser cruel. Nos raros momentos em que não se encontrava em campanha de batalha, ensinava a Elizabeth algumas torturas em seus criados indisciplinados, mas não tinha conhecimentos da matança que acontecia na sua ausência por ação de sua amada esposa.

Sua vida adulta passou, na maior parte, no Castelo Čachtice, perto da cidade de Vishine, a nordeste do que é hoje a Bratislava, onde a Áustria, a Hungria e a Eslováquia se juntam. Elizabeth tornou-se uma das mais belas aristocratas. Quem em sua presença se encontrava, não podia imaginar que por trás daquela atraente mulher, havia um mórbido prazer em ver o sofrimento alheio.

Num período em que o comportamento cruel e arbitrário dos que mantinham o poder para com os criados era algo comum, o nível de crueldade de Elizabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava motivos para aplicar punições e se deleitava na tortura e na morte de suas vítimas; muito além do que seus contemporâneos poderiam aceitar. Elizabeth enfiava agulhas embaixo das unhas de seus criados. Certa vez, num acesso de raiva, chegou a abrir a mandíbula de uma serva até que os cantos da boca se rasgassem. Ganhou a fama de ser “vampira” por morder e dilacerar a carne de suas criadas.

Há relatos de que numa certa ocasião, uma de suas criadas puxou seu cabelo acidentalmente aos escová-los. Tomada por uma ira incontrolável, Elizabeth a espancou até a morte. Dessa forma, ao espirrar o sangue em sua mão, se encantou em vê-lo clarear sua pele depois de seco. Daí vem a lenda de que a Condessa se banhava em sangue para permanecer jovem eternamente. O marido de Elizabeth, o Conde Ferenc, juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico e até lhe ensinou algumas modalidades de punição: o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos.

Acompanhando a Condessa nestas ações macabras, estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a Condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

Em 1604 seu marido morreu e ela se mudou para Viena. Desse ponto em diante, conta a história que seus atos tornaram-se cada vez mais pavorosos e depravados. Arranjou uma parceira para suas atividades, uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia (uma suposta amante), que lhe ensinou novas técnicas de torturas e se tornou ativa nos sádicos banhos de sangue. Durante o inverno, a Condessa jogava suas criadas na neve e as banhava com água fria, congelando-as até a morte. Na versão da tortura para o verão, deixava a vítima amarrada banhada em mel, para os insetos devorarem-na viva, como ensinou seu marido.

Marcava as criadas mais indisciplinadas com ferro quente no rosto ou em lugares sensíveis, e chegou a incendiar os pelos pubianos de algumas delas. Em seu porão, mandou fazer uma jaula onde a vítima fosse torturada pouco a pouco, erguendo-a de encontro a estacas afiadas. Gostava dos gritos de desespero e sentia mais prazer quando o sangue banhava todo seu rosto e roupas, tendo que ir limpar-se para continuar o ato.

Quando a saúde de Darvulia piorou em 1609 e não mais continuou como cúmplice, Elizabeth começou a cometer muitos deslizes. Deixava corpos aos arredores de sua moradia, chamando atenção dos moradores e autoridades. Com sua fama, nenhuma criada queria lhe servir e ela não mais limitou seus ataques às suas servas, chegando a matar uma jovem moça da nobreza e encobrir o fato alegando suicídio.

As investigações sobre os assassinatos cometidos pela Condessa começaram em 1610. Foi uma excelente oportunidade para a Coroa que, há algum tempo, tinha a intenção de confiscar as terras por motivos de dívida de seu finado marido. Assim, em dezembro de 1610 foi presa e julgada. Em janeiro do ano seguinte foi apresentada como prova, anotações escritas por Elizabeth, onde contava com aproximadamente 650 nomes de vítimas mortas pela acusada. Seus cúmplices foram condenados à morte e a Condessa de Báthory à prisão perpétua. Foi presa num aposento em seu próprio castelo, do qual não havia portas nem janelas, só uma pequena abertura para passagem de ar e comida.

Ficou presa até sua morte em 21 de agosto de 1614. Foi sepultada nas terras de Báthory, em Ecsed. O seu corpo deveria ter sido enterrado na igreja da cidade de Csejthe, mas os habitantes acharam repugnante a ideia de ter a “Infame Senhora” sepultada na cidade.

Até hoje, o nome Erzsebet Báthory é sinônimo de beleza e maldade para os povos de toda a Europa.

Escritores posteriores retomariam a história, acrescentando alguns detalhes. Duas histórias ilustram as lendas que se formaram em torno de Erzsébet Báthory, apesar da ausência de registros jurídicos sobre sua vida e das tentativas de remover qualquer menção a ela na história da Hungria:


  • Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Erzsébet virou-se para ela e espancou-a. O sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao esfregar o sangue, pareceu-lhe que estas a rejuvenesciam. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam currompidas pelo pecado original. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e Ficzko espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava Erzsébet.
  • Uma segunda história refere-se ao comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, quando estava na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: “O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?”. O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.
Hoje, também existe o relato de que a condessa tenha sido, ela própria uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna. Lembre-se de que nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa Báthory. Enumeras referências são feitas, até hoje, a esta incontornável figura da história da Hungria, do vampirismo e do imaginário popular europeu no cinema, na literatura, na música e na arte em geral, nomeadamente no goticismo.

Créditos ao Wikipédia e ao Spectrum Gothic.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Westley Allan Dodd

Westley Allan Dodd nasceu em Richland (Washington) no dia 03 de julho de 1961. Foi um serial killer e molestador de crianças condenado à pena de morte. Sua execução em 05 de janeiro de 1993 foi o primeiro enforcamento legal nos Estados Unidos desde 1965. Westley tem sido chamado de ‘um dos assassinos mais perversos da história’.

Westley, ao contrário da maioria dos serias killers, nunca foi abusado ou neglicenciado. Westley afirmou que viveu em uma família rica e feliz, porém que nunca ouviu um ‘eu te amo’ de ninguém de sua família e também não se lembra de tê-lo dito.

Westley começou a abusar sexualmente das crianças ainda na adolescência, suas primeiras vítimas foram seus primos. Todas as suas vítimas (mais de 50 no total) eram do sexo masculino, com idade inferior a 12 anos; a mais jovem possuía 02 anos. Suas fantasias sexuais tornaram-se cada vez mais violentas ao longo dos anos: Westley escreveu sobre o desejo de comer as genitais de suas vítimas.

Ele matou os irmãos Cole e William Neer (com idade entre 11 e 10 respectivamente), em Vancouver (Washington), no outono de 1989. Torturou, estuprou e assassinou Lee Iseli de quatro anos de idade. Em novembro de 1989 ele tentou sequestrar um menino de 6 anos do cinema Liberty, em Camas (Washington). Ele foi pego quando o padrasto do menino perseguiu-o e atacou-o.

Ele foi preso pela polícia de Camas e entrevistado por detetives da força-tarefa. Os Detetives de Portland Police Bureau, CW Jensen e Clark County e o detetive Rick Buckner obtiveram confissão de Westley e serviram o mandado de busca em sua casa. A polícia encontrou um rack de tortura caseira em sua casa, ainda não utilizado.

Westley foi sentenciado à morte em 1990 por molestar e depois esfaquear até a morte Neer Cole e seu irmão William, e pelo estupro e assassinato de Lee Iseli.

Ele se recusou a apelar o seu caso ou a pena capital, afirmando: “Eu devo ser executado antes que eu tenha uma oportunidade de escapar ou matar alguém dentro da prisão. Se eu fugir, eu prometo que vou matar os guardas da prisão se eu tiver quem e estuprar vou aproveitar cada minuto”. Enquanto no tribunal, ele disse que, se ele escapasse da prisão, ele iria imediatamente voltar para “matar e estuprar crianças”.

Sua execução foi testemunhada por 12 membros da mídia local e regional, os funcionários da prisão, e representantes das famílias das três vítimas. Ele comeu salmão e batatas em sua última refeição. Suas últimas palavras, pronunciadas a partir do segundo andar da forca interior, foram registrados pela mídia como testemunhas:

“Certa vez me perguntaram, não me lembro quem, se havia alguma maneira de parar criminosos sexuais. Eu disse que não. Eu estava errado. Eu estava errado quando eu disse que não havia esperança, não havia paz. Há esperança. Há paz. Encontrei no Senhor, Jesus Cristo. Olhai para o Senhor, e você vai encontrar a paz.”

Dodd foi declarado morto pelo médico da prisão e seu corpo transportado para Seattle para autópsia. O Dr. Donald Reay, descobriu que Dodd tinha morrido rapidamente e provavelmente com pouca dor. Ele foi cremado após a autópsia, e suas cinzas entregues a sua família.

Créditos ao Wikipédia EN.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Marcelo Costa de Andrade

Marcelo Costa de Andrade nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 02 de janeiro de 1967. Marcelo é um serial killer acusado de ter matado cerca de catorze meninos nas redondezas de Itaboraí, no ano de 1991.

Marcelo viveu parte de sua infância na favela da Rocinha. O lar era desestruturado, e sua mãe, uma empregada doméstica, apanhava constantemente do marido. Foi mandado por um período para a casa dos avós, no Ceará, local onde disse que apanhava muito. Tempos depois Marcelo foi mandado de novo para o Rio de Janeiro, onde constantemente era vítima de maus-tratos pelos novos companheiros dos pais, que havia se separado. Marcelo, nesse período, foi abusado sexualmente por um homem mais velho.

Marcelo foi então internado em um colégio interno para meninos, mas não tinha bom desempenho nas aulas. Lá era hostilizado pelos colegas e chamado de retardado. Aos catorze anos foi mandado embora do internato, pois a instituição só acolhia jovens entre 06 e 14 anos.

Depois que saiu do internato Marcelo começou a se prostituir. Segundo ele, sempre era passivo durante seus programas, mas certa vez um homem mais velho o teria obrigado a ser ativo, o que o perturbou muito. Nessa época ele tentou cometer suicídio. Tempos depois ele foi enviado para a FEBEM, mas meses depois fugiu e voltou a se prostituir, sendo que aos dezesseis anos foi morar com outro homossexual, Antônio Batista Freire, que começou a sustentá-lo e o apresentou à Igreja Universal do Reino de Deus. Mesmo com o sustento do companheiro, Marcelo continuava a se prostituir, até que se separou do porteiro e voltou para a casa da família.

A partir daí, largou a prostituição e começou a trabalhar formalmente, ajudando a família nas contas e nos afazeres domésticos.

Marcelo frequentava os cultos há cerca de dez anos na época, além de assistir às celebrações pela TV diariamente. Segundo ele, foi num desses cultos que ouviu que quando as crianças morrem elas vão para o Céu. Segundo a lógica do assassino, ele não matava adultos, pois poderia os estar mandando para o inferno.

Quando não estava lendo as pregações do bispo Edir Macedo, estava lendo revistas pornográficas. Gostava de ouvir músicas da Xuxa e de outros ídolos infantis da época. A mãe de Marcelo conta que ele tinha o estranho hábito de ficar ouvindo uma fita gravada de quando o irmão mais novo estava chorando.

No dia 16 de dezembro de 1991, Altair Medeiros de Abreu, de 10 anos, teria saído com seu irmão, Ivan Medeiros de Abreu, até a casa de um vizinho, que lhe havia prometido oferecer um almoço. Na época o pré-adolescente morava numa zona de pobreza do bairro do bairro Santa Isabel, em São Gonçalo, município vizinho de Niterói. Os dois eram filhos de Zélia de Abreu, empregada doméstica que possuía mais cinco filhos.

Quando os dois garotos passavam pela estação central de Niterói, os dois foram abordados por Marcelo, que, segundo Altair, teria lhe oferecido cerca de quatro mil cruzeiros para que os dois o ajudassem a realizar um ritual religioso católico. Os três pegaram um ônibus e foram parar numa praia deserta, nos arredores do Viaduto do Barreto. Nesse momento, Marcelo tentou beijar o garoto mais velho, que fugiu assustado, mas sendo capturado em seguida e derrubado no chão; atordoado, ele viu seu irmão Ivan ser abusado sexualmente por Marcelo, que após o ato, o enforcou, avisando Altair que seu irmão estava dormindo.

Assustado, Altair passou a fazer tudo o que Marcelo queria, sendo depois levado pelo assassino até um posto de gasolina onde se limpou sobre os olhos atentos de Marcelo. Os dois dormiram em um matagal, e na manhã seguinte partiram para o Rio de Janeiro. Segundo consta, durante o trajeto, Marcelo teria se oferecido para morar com Altair, que teria concordado imediatamente. Nos depoimentos após o crime, Marcelo disse que teve piedade do garoto, pois ele teria sido bonzinho e prometido ficar com ele. Na época, Marcelo trabalhava como distribuidor de panfletos, e teria que aparecer no trabalho para buscar seus papéis. Assim que se distraiu, Altair aproveitou e fugiu do assassino.

Quando chegou em casa, por carona, Altair não revelou que seu irmão havia sido morto, só revelando o crime para uma das irmãs mais velhas dias depois. Marcelo não teria tentado procurar Altair nem tentado esconder o corpo, voltado no local do crime tempos depois para modificar a posição do corpo, corpo esse que foi encontrado por policiais horas depois. Segundo consta, as mãos do garoto estavam dentro dos shorts, o que afastou a tese inicial de afogamento, sendo constatado o abuso sexual no IML.

Quando o corpo foi identificado pela mãe de Ivan, Altair levou os policiais até o trabalho de Marcelo, que confessou o crime imediatamente, não demonstrando surpresa.

Na delegacia, Marcelo confirmou ser o autor de mais doze assassinatos. Ele revelou um dos seus primeiros crimes. Segundo o próprio, em junho do ano de 1991, ele havia acabado de descer de um ônibus quando viu o garoto Odair Jose Muniz dos Santos, de onze anos, pedindo esmolas na rua. Marcelo então o convenceu supostamente para ir até a casa de uma tia e pegar cerca de 3000 cruzeiros para dar ao garoto. Mas na verdade Marcelo o atraiu até um campo de futebol e tentou abusar do menino, e como não conseguiu, o enforcou.

Logo após, Marcelo foi para casa jantar e voltou mais tarde, onde decapitou o corpo do garoto. Marcelo afirmou que fez isso com o garoto para se vingar do que faziam com ele durante a época que viveu no internato. Seu primeiro crime ocorreu em abril de 1991. Ele estava voltando do trabalho quando viu um garoto vendendo doces na avenida. Inventou a mesma história do dinheiro e do ritual religioso e o levou para um matagal. Tentou fazer sexo com o garoto, mas este resistiu.

Marcelo o agrediu com pedras e depois o asfixiou e o estuprou. Segundo ele, foi a partir daí que não conseguiu mais parar de cometer crimes. No seu segundo crime, matou Anderson Gomes Goulart, 11 anos, estraçalhou sua cabeça, bebeu o seu sangue enquanto o estuprava e depois quebrou seu pescoço.

Créditos ao Wikipédia.

Willamina “Minnie” Dean

Willamina “Minnie” Dean, nasceu em Greenock, oeste da Escócia, no dia 02 de setembro de 1844. Willamina é acusada de infanticídio. Foi condenada à forca no dia 12 de agosto de 1895, única mulher a receber pena de morte na Nova Zelândia.

Seu pai, John McCulloch, era um engenheiro ferroviário e, sua mãe, Elizabeth Swan, morreu de câncer em 1857. Não se sabe quando Willamina chegou à Nova Zelândia, mas no começo de 1860 estava morando em Invercargill com dois filhos pequenos. Ela alegou que era viúva de um médico da Tasmânia, embora nenhuma evidência de casamento foi encontrada. Nesta época, Willamina ainda usava seu sobrenome de nascimento, McCulloch.

Casou-se com Charles Dean, um inkeeper, em 1872. Ambos viviam em Etal Creek, uma parada importante na rota de Riverton para Otago goldfields. Assim que a corrida do ouro acabou, o casal voltou para a agricultura, porém logo se meteram em grandes dificuldades financeiras. A família se mudou para Winton, onde Charles Dean começou a trabalhar com suinocultura. Willamina, entretanto, começou a ganhar dinheiro com um tipo de serviço de babá onde “adotava” crianças “indesejadas”, pratica muito comum na Inglaterra Vitoriana.

Numa época em que havia poucos métodos de contracepção, e quando a gravidez fora do casamento era desaprovada, havia muitas mulheres que desejam discretamente enviar seus filhos para adoção — como tal, Willamina não estava com poucos clientes. Acredita-se que ela foi responsável por até nove crianças de cada vez. Ela recebia pagamentos semanais ou num montante fixo.

A mortalidade infantil era um problema significativo na Nova Zelândia neste momento. Como tal, um alto número de crianças sob os cuidados de Willamina morreram de várias doenças. Quando os inquéritos do legista foram realizados, Willamina não foi responsabilizada pelas mortes. No entanto, Willamina veio a ser alvo de desconfiança pela comunidade, e rumores sobre maus-tratos circulavam nas redondezas. Além disso, as crianças sob os cuidados de Willamina supostamente desapareciam sem explicação.

Na mente do público, os “sumiços” pareciam em muito como os casos que ocorriam no Reino Unido e na Austrália, de mulheres matando crianças sob seus cuidados para evitar ter que sustentá-los. As leis na época não obrigavam a manter os registros das crianças que ficavam sob os cuidados de pessoas como Willamina, sendo assim difícil provar desaparecimentos.

Em 1895, ela foi vista embarcar em um trem carregando um bebê e uma caixa de chapéu, mas foi vista deixando o mesmo trem sem o bebê e só com a caixa de chapéus que, como os carregadores de trem mais tarde testemunharam, estava pesado.

Uma mulher se aproximou dizendo ter dado sua neta para Willamina, e roupas identificadas como pertencentes a esta criança foram encontrados na residência de Willamina, mas a criança não foi encontrada na casa. Uma busca ao longo da linha ferroviária não encontrou nenhum sinal da criança. Willamina foi detida e acusada de assassinato.

Seu jardim foi revirado, e três corpos (dois bebês, e um de um menino estimado em três anos de idade) foram descobertos. Um inquérito descobriu que uma criança tinha morrido de asfixia e outra havia morrido de uma overdose de laudanum (usada em crianças para sedá-los). A causa da morte para o terceiro filho não foi determinada, mas mesmo assim ela foi acusada de seu assassinato.

Em seu julgamento, o advogado de Willamina, Alfred Hanlon, argumentou que todas as mortes foram acidentais, e que tinham sido encobertas para evitar publicidade adversa do tipo que ela já estava recebendo.

Em 21 de junho de 1895, no entanto, Willamina foi considerada culpada de assassinato e condenada à morte. Em 12 de agosto, ela foi enforcada pelo carrasco oficial Tom Long em Invercargill, no cruzamento das ruas Spey e Leven, no que é hoje o parque de estacionamento Leeming Noel. Ela é a única mulher a ter sido executada na Nova Zelândia, e como pena de morte na Nova Zelândia foi abolida, é provável que ela irá reter essa distinção. Ela esta enterrada em Winton, ao lado do marido.

Créditos ao Wikipédia.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Realidade

Apenas fique calmo, vamos aceitar a realidade aos poucos. Talvez você acorde no final desse texto. Como você já deve saber algumas pessoas que são doentes mentalmente, tomam fortes remédios para que elas durmam. Elas dormem e ficam em outra realidade, uma realidade delas, uma realidade que elas mesmas criam.

Pare para pensar um pouco, a mente humana é brilhante, sim, você é brilhante, sua mente é capaz de criar um universo paralelo, fora da realidade, onde tudo para você é perfeito, ou não, depende do que você quer criar. Não venha me dizer que você nunca ficou parado por uns minutos, digamos que em outro mundo, um mundo dentro de sua cabeça, onde tudo é perfeito, você já fez isso, não fez?

Agora, se você ainda não compreendeu o que eu escrevi aqui nesses parágrafos anteriores, pode rele-los, releia quantas vezes quiser, só prossiga quando tiver certeza que entendeu o que eu quis dizer anteriormente. Você já parou para pensar que as pessoas que estão dopadas não fazem a menor ideia de que estão em “outro mundo”? Elas criam outra realidade e vivem nela, como se aquele fosse o mundo verdadeiro.

Bem, ainda acho que você deve estar meio confuso, afinal, porque estou te falando todas essas coisas? Você irá entender agora. Eu sei que será um choque, mas na verdade você está na SUA realidade agora. Isso mesmo, esse mundo não é o verdadeiro, é um mundo que você criou, quero dizer, a sua mente criou. Você irá ficar preso nesse mundo até que aceite a realidade. Você está dormindo no “mundo real”, você provavelmente está sendo drogado constantemente para continuar dormindo, um sono quase eterno. Muitas vezes você até acorda, mas é algo muito rápido, eles rapidamente te dopam e você volta para cá.

Eu ainda acho que você não está aceitando a realidade, mas vamos lá, você não tem curiosidade de saber como é a sua “verdadeira forma”? Como é o “mundo real”. Bem, eu estarei aqui para você me ler a hora que quiser, quando achar que está pronta para “encarar a realidade” sua mente irá fazer esse “mundo falso” para de girar, e então, quem sabe você estará livre. A escolha é sua, você prefere viver em um mundo seu, ou prefere encarar a realidade?

Créditos para a Gruta do Horror.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Caso Natascha Kampusch

Natascha Maria Kampusch nasceu em Viena (Áustria) no dia 17 de fevereiro de 1988. É conhecida por causa de seu sequestro aos dez anos de idade, em que passou oito anos em cativeiro. É filha de Ludwig Koch e Birgitta Sirny Kampusch. Na infância ela não tinha boa relação com a mãe. Ludwig Adamovich, chefe da comissão especial que se seguiu à libertação para examinar possíveis falhas na investigação policial, afirmou que “o tempo em que Kampusch esteve aprisionada talvez tenha sido melhor que o que ela viveu antes”, declaração vigorosamente refutada pela mãe de Natascha que ameaçou processar Adamovich por suas declarações.

Sua família incluía duas irmãs adultas e cinco primas e primos. Seus pais se separaram quando Natascha ainda era criança e se divorciaram após seu desaparecimento. A menina passava temporadas com os dois e havia voltado para a casa da mãe após uma viagem e férias na casa do pai quando foi sequestrada.

Natascha saiu de casa para a escola, no distrito de Donaustadt, em Viena, na manhã de 2 de março de 1998, mas não chegou à escola nem voltou para casa. Uma testemunha de 12 anos afirmou ter visto a menina ser agarrada por dois homens e jogada dentro de uma van branca (depois Natascha diria ter sido apenas um, o sequestrador). Uma grande busca policial se deu nas horas e dias seguintes, com 776 vans sendo revistadas em toda a área metropolitana de Viena e arredores. Entre as vans revistadas, estava a do sequestrador, Wolfgang Přiklopil, que vivia a cerca de meia hora de carro do centro de capital, em Strasshof an der Nordbahn, mas não causou nenhuma suspeita. Parado e interrogado numa batida policial, ele disse à polícia que tinha passado a manhã do sequestro toda em casa e que usava a van para transportar material para sua casa, que estava reformando.

Wolfgang Přiklopil era um técnico de telecomunicações austríaco. Filho único de Karl e Waltraud Přiklopil, seu pai era vendedor de conhaque e sua mãe de sapatos. Durante algum tempo, exercendo sua profissão, Wolfgang trabalhou na Siemens (conglomerado alemão de engenharia).

Especulações sobre quadrilhas de pornografia infantil ou de tráfico de órgãos humanos começaram a aparecer na imprensa, levando a polícia a fazer investigações buscando ligações com possíveis crimes do pedófilo e assassino francês Michel Fourniret, quando este foi descoberto alguns anos depois, ainda durante o cativeiro de Natascha.

Como Natascha estava com seu passaporte quando foi raptada (ela havia feito uma viagem à Hungria dias antes com o pai), as buscas foram também levadas no exterior. Acusações contra sua família complicaram mais as investigações, com insinuações de que a mãe dela estava de alguma maneira envolvida no crime ou em seu acobertamento.

Durante os oito anos em que esteve sequestrada, Natascha foi mantida numa pequena cela de 54 m² na garagem da casa de Přiklopil, com a entrada dela escondida atrás de um armário. Sem janelas e à prova de som, a cela tinha uma porta feita de concreto reforçada com aço. O pequeno local tinha uma pia, vaso sanitário e uma cama tipo beliche onde ela dormia na parte de cima e usava a escada para pendurar roupas.

Nos primeiros seis meses de cativeiro, Natascha não teve permissão de sair da cela em nenhum momento, não pode tomar banho, não podia olhar nem falar com Přiklopil sem autorização e por vários anos não pode deixar o pequeno espaço à noite. No primeiro ano, era obrigada a chamar seu captor de mestre.

Com um ano e meio de cativeiro, ele decidiu que Natascha não podia mais usar seu nome e agora pertencia a ele; assim ela foi obrigada a escolher outro nome, e passou a chamar-se Bibiane, sua identidade pelos próximos sete anos. Pouco tempo depois, ele lhe disse seu verdadeiro nome, e com isso Natascha teve a certeza de que seu raptor nunca a deixaria sair dali viva.

Submetida a anos de abuso físico e mental, Natascha muitas vezes dormia algemada a Wolfgang na cama dele, era obrigada a raspar a cabeça para que fios não ficassem pela casa, passou períodos de fome, chegou a apanhar mais de 200 vezes numa semana até ouvir sua própria espinha estalar, era obrigada a limpar a casa quase nua e tentou várias vezes o suicídio para acabar com a vida.

Com 16 anos, em vários períodos Přiklopil reduziu sua ração diária a ¼ do necessário a alguém da idade dela. Em uma oportunidade, quando ela demorou a cumprir uma de suas ordens, ele lhe atirou uma faca, que perfurou seu joelho.

Anos depois, podia passar grande parte do dia na parte de cima da casa mas era levada de volta à câmara para dormir ou quando o sequestrador saía para trabalhar. Durante seu tempo ali, teve acesso à televisão e rádio, controlados por seu raptor. Nos últimos anos de cativeiro, ela chegou a ser vista sozinha no jardim e até no carro de Přiklopil e um dos colegas de negócios de Přiklopil disse ter visto a jovem com ele quando o sequestrador esteve em sua casa para pedir um trailer emprestado.


A casa, onde havia um telefone interno entre os cômodos comuns e a cela de Natascha, para que o sequestrador pudesse falar com ela sem descer até lá, foi várias vezes visitada pela mãe de Wolfgang, Waltraud, que chegou a cozinhar e arrumar para o filho. Ela, porém, declarou depois que nunca notou a presença de mais alguém na casa, apesar de, por vezes, notar um certo “toque feminino” em sua arrumação, mas sem nunca pensar de onde aquilo poderia ter vindo.

Depois de fazer 18 anos, ela começou a ter permissão de sair da casa com seu captor, mas ele ameaçava matá-la se ela tentasse algo na rua. Um dia, Přiklopil levou-a a uma estação de esqui perto de Viena para esquiarem por algumas horas. Depois de libertada, ela inicialmente negou esta viagem, mas acabou admitindo ser verdade dizendo que não teve nenhuma chance de escapar. Mesmo assim, Natascha muitas vezes tentava discretamente atrair a atenção, já que por anos suas fotos cobriram toda a Áustria: “Eu tentava fazer algum sinal às pessoas... Eu tentava sorrir como eu sorria nas fotos (as fotos delas transmitidas pela televisão e coladas nos postes e árvores de Viena e seus arredores depois de seu desaparecimento) para que as pessoas pudessem se lembrar de mim”. Mas ela nunca foi notada.

De acordo com o depoimento oficial de Natascha após libertada, ela e Přiklopil acordavam cedo para o café da manhã juntos. Ele lhe deu livros, de modo que ela pode se dar uma autoeducação e, de acordo com um amigo do criminoso que a havia visto uma vez, parecia feliz. 

Anos depois, explicando o sentimento de que não havia perdido nada durante seu confinamento, ela declarou: “eu me poupei de muitas coisas, como cigarros, bebidas e más companhias”. Mas acrescentou: “eu sempre pensava: eu não vim ao mundo para viver trancada e ter minha vida completamente arruinada. Me entreguei ao desespero com essa injustiça. Sempre me senti como uma pobre galinha num galinheiro. Vocês viram minha cela na televisão e na mídia e hoje sabem como era pequena. Era um lugar de desespero”. 

Dietmar Ecker, o assessor de imprensa de Natascha, declarou depois que ela lhe havia dito que às vezes Přiklopil lhe batia tanto que ela mal conseguia andar. Quando ela ficava roxa de tanto apanhar, ele tentava reanimá-la, pegava uma câmera e a fotografava.

Přiklopil havia amedrontado Natascha dizendo que as portas e janelas da casa tinham armadilhas cheias de explosivos e que ele dormia com granadas sob o travesseiro. Também a ameaçava dizendo que sempre carregava uma arma e a mataria e aos vizinhos se ela tentasse fugir. Em uma ocasião, ela fantasiou a ideia de cortar a cabeça de seu raptor com um machado mas desistiu da ideia. Durante todo o tempo em que esteve presa, prometia a si própria que “iria crescer, ficar mais forte e resistente e um dia seria capaz de ser livre de novo”.

Em 23 de agosto de 2006, Natascha estava no jardim lavando e passando o aspirador de pó no BMW 850i de Přiklopil quando, às 12:53, ele recebeu um telefonema no celular.

Por causa do barulho do aspirador, ele se afastou para outra área da casa para poder atender ao chamado. Deixando o aspirador ligado, ela saiu correndo pelo jardim sem ser vista por ele, que, de acordo com o que o interlocutor informou mais tarde aos investigadores, se comportou por toda a conversa sem parecer distraído ou perturbado. Natascha correu por cerca de 200 m entre os jardins das casas vizinhas e pela rua, gritando para que chamassem a polícia, mas sem obter atenção.

Depois de uns cinco minutos de fuga, bateu na janela da casa de uma senhora de 71 anos, Inge, a mesma da casa de seu cativeiro, gritando “Eu sou Natascha Kampusch!”. Levada para o fundo da casa por Natascha, que temia que Přiklopil as descobrisse e matasse as duas, a senhora chamou a polícia, que chegou às 13:04. Natascha foi levada pelos policiais à delegacia de Deutsch-Wagram. O sequestro havia terminado, depois de 3096 dias de cativeiro.

Natascha foi identificada pela cicatriz que possuía, pelo passaporte achado após as buscas na casa de Přiklopil e por exames de DNA. Ela foi encontrada em boa saúde física, apesar de pálida, tremendo e pesando apenas 48 kg, aproximadamente o mesmo peso (45kg) que tinha aos 10 anos quando foi sequestrada, e tinha crescido apenas 15 cms.

Sabine Freudenberger, a primeira policial a ter contato com Natascha após a libertação, declarou que ficou impressionada pela inteligência e articulação da jovem. No cativeiro, após os dois primeiros anos, Přiklopil lhe havia dado livros, ensinado matemática, permitido acesso à televisão, jornais e rádio, e ela ouvia sempre a Ö1 International20, a estação oficial internacional da Áustria, uma estação de rádio dedicada à educação e música clássica também com transmissão em espanhol e inglês.

Com a fuga de Natascha, Wolfgang Přiklopil fugiu da casa e vagueou o dia todo por Viena. No fim do dia, sabendo que toda a polícia do país o caçava, suicidou-se jogando-se na frente de um trem em movimento perto da estação Wien Praterstern, no norte da cidade. Ele havia dito a Natascha que “nunca o pegariam vivo”.

Natascha Kampusk passou os primeiros dias de liberdade na ala psiquiátrica para crianças e adolescentes do Hospital Geral de Viena, aos cuidados de médicos e enfermeiras, sem contato com a família e sem permissão de sair, dividindo a área comum com jovens meninas anoréxicas e crianças que se auto-infligiam ferimentos, longe do mundo exterior do qual havia sido privada por oito anos, enquanto a imprensa do mundo inteiro enlouquecia sem notícias do lado de fora. 

Imagens de seus cativeiro e mesmo das coisas pessoais que tinha escondido de seu captor nele, como roupas e um diário, apareciam constantemente na televisão, revistas e jornais. A princípio, seus pais não tiveram permissão de médicos e autoridades para encontrá-la pessoalmente.

Hoje, Natascha Kampusch vive em reclusão voluntária no apartamento que comprou no centro de Viena. Raramente sai à rua, para evitar ser reconhecida e, eventualmente, até ser insultada, por pessoas que a consideram responsável pela morte de Přiklopil. As ilações que vez por outra aparecem na imprensa de que ela possivelmente teria sido cúmplice e refém voluntária de Přiklopil durante seus anos de cativeiro a traumatizaram e já a fizeram pensar em suicídio ou em se mudar de Viena. Ela passa o tempo estudando, pintando e tirando fotografias. Seu projeto pessoal, é passar tão desapercebida quanto possível.

Em 2011, ela entrou com um pedido de indenização de €1 milhão de euros contra o Estado austríaco (€323 por dia de cativeiro) pela incompetência dos serviços de segurança do país em resgatá-la após seu sequestro.

Créditos ao Wikipedia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Maníaco do Parque

Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como o ‘maníaco do parque’, nasceu no estado de São Paulo à uma data desconhecida. É acusado de estuprar no mínimo seis mulheres e tentar assassinato de nove mulheres. Os crimes eram cometidos no Parque do Estado (situado na região sul da capital do estado de São Paulo), da onde veio sua alcunha. Nesse local foram encontrados os corpos de sua vítima.

Francisco teve uma infância difícil, e segundo seu próprio depoimento, teria sido abusado sexualmente por uma tia materna. Após o acontecimento, Francisco teria desenvolvido uma fixação por seios. Já adulto, um patrão o teria seduzido, o que levou ao interesse por relações homossexuais, e uma gótica teria quase arrancado seu pênis com uma mordida, fazendo com que ele tivesse medo da perda do membro viril. Além da ocorrência de uma desilusão amorosa que marcou sua vida.

Antes dos crimes ele também mostrou seu outro lado. Thayná, um travesti com quem viveu por mais de um ano, constantemente apanhava de Francisco recebendo socos no estômago e tapas no rosto, exatamente como algumas das mulheres que sobreviveram relataram.

Simpático e com boa lábia, era um exímio patinador e participava de campeonatos e de um grupo de patinação noturna. Algumas de suas vítimas foram abordadas ao se interessar por suas manobras.

Na época dos assassinatos, Francisco trabalhava como motoboy numa empresa próxima à delegacia que investigou os crimes. Antes de ser preso e julgado ele já havia sido detido como suspeito, mas liberado logo depois. Ao ver seu retrato falado nos jornais, ele fugiu para Itaqui, no estado do Rio Grande do Sul, passando antes pela Argentina para não ser reconhecido pela polícia.

Ao desaparecer, deixou apenas o jornal e um bilhete sobre a mesa. Lamentava ter de ir embora, pedia desculpas pela forma repentina da partida: “infelizmente, tem de ser assim”.

No mesmo dia, seu ex-chefe percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. Tentou consertar duas vezes, mas não conseguiu.

Em uma sexta-feira, quebrou o encanamento para descobrir a causa do entupimento e encontrou um bolo de papéis queimados, misturado aos restos de um churrasco feito no final de semana anterior, no cano de saída da privada. Entre as coisas que o empresário recolheu do cano estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, parcialmente queimada. Selma foi uma das mulheres cujo cadáver a polícia encontrou no Parque do Estado. Isso alertou seu ex-patrão, que comunicou a polícia que assim descobriram sua identidade.

Durante a fuga, causou desconfiança aos moradores das cidades por onde passou, até que foi denunciado e preso, sendo posteriormente enviado de Itaqui para São Paulo. Após ser capturado pela polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém sem armas conseguia convencer as mulheres a subir na garupa de uma moto e ir para o meio de um matagal com um homem que tinham acabado de conhecer.

A história ganhou dimensão nacional quando a jornalista Angélica Santa Cruz, então repórter da revista VEJA e hoje diretora de redação da Gloss, conseguiu acompanhar o depoimento reservado do criminoso. Na matéria de capa da Veja daquela semana estava uma foto do maníaco com a frase “Fui eu”.

Francisco, no interrogatório, relatou que era muito simples atraí-las. Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um fotógrafo de moda de uma revista importante procurando novos talentos, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado.

Preso provisoriamente no presídio de Taubaté, que abriga os criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo, Pereira chegou a ser dado como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma série de desencontros, a direção da unidade confirmou que Francisco, jurado de morte pelos outros presos, estava vivo. Pereira foi sentenciado a mais de 121 anos de prisão em 2002 e cumpre pena.

Dentre suas vítimas estão Elisângela Francisco da Silva, Raquel Mota Rodrigues, Selma Ferreira Queiroz e Patrícia Gonçalves Marinho:


  • Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos e era paranaense, filha de uma família pobre de Londrina, vivia em São Paulo, com a tia Solange Barbosa, desde 1996.

    Por causa das dificuldades financeiras, abandonou a escola na sétima série. Depois de ser deixada por uma amiga no Shopping Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo, nunca mais foi vista. Seu corpo, nu, foi encontrado em 28 de julho, no Parque do Estado. O corpo já decomposto exigiu um duro trabalho de identificação. O reconhecimento só aconteceu três dias depois. “Eu tinha esperança de que não fosse ela”
    , diz a tia. No dia de seu desaparecimento, Elisângela saiu de casa dizendo que voltaria dali a duas horas.
  • A grande ambição de Raquel Mota Rodrigues, de 23 anos, era ganhar dinheiro para ajudar a família, que vivia em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
    Nos finais de semana, Raquel costumava frequentar bares com três amigas. Nunca chegou em casa depois da meia-noite. Por volta das 8 horas da noite de 9 de janeiro, ela saiu da loja de móveis onde trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Ao desembarcar na Estação Jabaquara do metrô, já quase em casa, telefonou para a prima avisando que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele em Diadema, na Grande São Paulo. “Disse que era melhor ela não ir”, lembra Lígia. Era muito arriscado sair com um desconhecido. “É, eu não vou”, respondeu a garota. Raquel nunca mais apareceu. Seu corpo foi encontrado no matagal do Parque do Estado no dia 16 de janeiro.
  • Selma Ferreira Queiroz era menor de idade e a mais nova de três irmãs, pretendia fazer faculdade de ciências contábeis ou computação. Os planos de Selma, contudo, foram interrompidos na tarde de 3 de julho.

    Entre sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e o centro da capital paulista, onde trataria das formalidades referentes à sua demissão como balconista de uma rede de drogaria, ela desapareceu. Era uma sexta-feira.

    No dia seguinte, um homem telefonou para Sara, irmã de Selma. Informou que a moça havia sido sequestrada e pediu um resgate de 1.000 reais dizendo que voltaria a ligar no final da tarde. Não ligou. Nesse mesmo dia, o corpo de Selma foi encontrado no Parque do Estado. Estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas, havia marcas de mordidas. Selma morreu estrangulada e o último sinal de vida da garota foi para o namorado. Ela avisou que não chegaria a tempo para assistir ao jogo do Brasil contra a Dinamarca com ele, mas que estava a caminho de sua residência.
  • Aos 24 anos, Patrícia Gonçalves Marinho nunca revelara à família o sonho de ser modelo. No dia 17 de abril, ela saiu da casa da avó Josefa, com quem morava e desapareceu. Seu corpo só foi descoberto em 28 de julho. Estava jogado numa área deserta do Parque do Estado. A identificação de Patrícia só foi possível porque ao lado do corpo foram encontradas roupas e bijuterias da moça. Foi estuprada e morreu por estrangulamento.
Créditos para a Wikipédia, ao Pas de Masque e ao Memórias Assombradas

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Borley Rectory

Fantasmas sem cabeça, barulhos nos corredores, inscrições misteriosas em paredes, gritos e objetos voadores, essas são apenas algumas coisas que aconteceram no Borley Rectory, o lugar mais assombrado da Inglaterra e um dos mais amaldiçoados do mundo.


Dizem, que apesar de ter sido construído apenas em 1862, o local onde o Borley Rectory foi construído tinha uma história muito mais antiga, que remontava ao século XII. Reza a lenda que nessa época um monge se apaixonou desesperadamente por uma noviça que lá vivia, mas o relacionamento entre eles era extremamente proibido. Porém mesmo assim eles planejaram ficar juntos e resolveram fugir do lugar, porém a sorte não estava ao seu lado e o monge acabou sendo pego, assim como a sua amada. Por esse motivo ele foi decapitado e ela emparedada viva.

Até o ano de 1930 as aparições eram poucas, mas depois disso a coisa começou a ficar feia no local quando Reverendo Lionel Foyster e sua mulher viviam lá. Eles relataram terem ouvido barulhos em todos os cantos da casa, portas que se fechavam e não abriam, vidros que quebravam sem motivos, avistamento de um homem sem cabeça andando pela casa e uma mulher sem braço vagando pela corredores. Contudo o mais assustador estava por vir.

Durante certo tempo a esposa de Lionel começou a sofrer ataques de objetos que voavam em sua direção, além de ter sido quase sufocada por seu próprio colchão. Nessa mesma época começaram a aparecer na parede diversas mensagens e orações, que muitos dizem ser da noviça emparedada no passado.

Na mesma década uma caçador de fantasmas foi ao local munido de gravadores, sensores de movimentação e muitas outras “armas”. Diversos movimentações paranormais foram gravadas, como sinos badalando sozinhos, objetos se movendo pela casa e até mesmo algumas fotos foram tiradas.

Contudo a história mais estranha foi a de uma fantasma que contou sua própria vida através de escritos na parede. Marie Lairre, como se autodenominou a fantasma, disse que ela foi uma freira, que havia deixado a vida religiosa para casar-se com um homem rico, mesmo homem que a matou estrangulada e a enterrou no porão da casa sem nem mesmo fazer uma oração.

Em algumas das mensagens encontradas nas paredes haviam duas previsões, uma dizia que a casa pegaria fogo e a outra que o esqueleto de Marie Lairre seria encontrado. Pouco tempo depois disso aparecer a casa foi queimada e enquanto escavavam o local para o concerto o esqueleto de uma mulher foi encontrado…

Em 1944 a casa foi enfim destruída, mas suas lendas e acontecimentos ainda são lembrados, pois certamente alguma coisa muita estranha aconteceu lá e desde seu passado remoto o lugar parecia ser amaldiçoada.


Créditos para o Minilua.