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terça-feira, 2 de julho de 2013

Willamina “Minnie” Dean

Willamina “Minnie” Dean, nasceu em Greenock, oeste da Escócia, no dia 02 de setembro de 1844. Willamina é acusada de infanticídio. Foi condenada à forca no dia 12 de agosto de 1895, única mulher a receber pena de morte na Nova Zelândia.

Seu pai, John McCulloch, era um engenheiro ferroviário e, sua mãe, Elizabeth Swan, morreu de câncer em 1857. Não se sabe quando Willamina chegou à Nova Zelândia, mas no começo de 1860 estava morando em Invercargill com dois filhos pequenos. Ela alegou que era viúva de um médico da Tasmânia, embora nenhuma evidência de casamento foi encontrada. Nesta época, Willamina ainda usava seu sobrenome de nascimento, McCulloch.

Casou-se com Charles Dean, um inkeeper, em 1872. Ambos viviam em Etal Creek, uma parada importante na rota de Riverton para Otago goldfields. Assim que a corrida do ouro acabou, o casal voltou para a agricultura, porém logo se meteram em grandes dificuldades financeiras. A família se mudou para Winton, onde Charles Dean começou a trabalhar com suinocultura. Willamina, entretanto, começou a ganhar dinheiro com um tipo de serviço de babá onde “adotava” crianças “indesejadas”, pratica muito comum na Inglaterra Vitoriana.

Numa época em que havia poucos métodos de contracepção, e quando a gravidez fora do casamento era desaprovada, havia muitas mulheres que desejam discretamente enviar seus filhos para adoção — como tal, Willamina não estava com poucos clientes. Acredita-se que ela foi responsável por até nove crianças de cada vez. Ela recebia pagamentos semanais ou num montante fixo.

A mortalidade infantil era um problema significativo na Nova Zelândia neste momento. Como tal, um alto número de crianças sob os cuidados de Willamina morreram de várias doenças. Quando os inquéritos do legista foram realizados, Willamina não foi responsabilizada pelas mortes. No entanto, Willamina veio a ser alvo de desconfiança pela comunidade, e rumores sobre maus-tratos circulavam nas redondezas. Além disso, as crianças sob os cuidados de Willamina supostamente desapareciam sem explicação.

Na mente do público, os “sumiços” pareciam em muito como os casos que ocorriam no Reino Unido e na Austrália, de mulheres matando crianças sob seus cuidados para evitar ter que sustentá-los. As leis na época não obrigavam a manter os registros das crianças que ficavam sob os cuidados de pessoas como Willamina, sendo assim difícil provar desaparecimentos.

Em 1895, ela foi vista embarcar em um trem carregando um bebê e uma caixa de chapéu, mas foi vista deixando o mesmo trem sem o bebê e só com a caixa de chapéus que, como os carregadores de trem mais tarde testemunharam, estava pesado.

Uma mulher se aproximou dizendo ter dado sua neta para Willamina, e roupas identificadas como pertencentes a esta criança foram encontrados na residência de Willamina, mas a criança não foi encontrada na casa. Uma busca ao longo da linha ferroviária não encontrou nenhum sinal da criança. Willamina foi detida e acusada de assassinato.

Seu jardim foi revirado, e três corpos (dois bebês, e um de um menino estimado em três anos de idade) foram descobertos. Um inquérito descobriu que uma criança tinha morrido de asfixia e outra havia morrido de uma overdose de laudanum (usada em crianças para sedá-los). A causa da morte para o terceiro filho não foi determinada, mas mesmo assim ela foi acusada de seu assassinato.

Em seu julgamento, o advogado de Willamina, Alfred Hanlon, argumentou que todas as mortes foram acidentais, e que tinham sido encobertas para evitar publicidade adversa do tipo que ela já estava recebendo.

Em 21 de junho de 1895, no entanto, Willamina foi considerada culpada de assassinato e condenada à morte. Em 12 de agosto, ela foi enforcada pelo carrasco oficial Tom Long em Invercargill, no cruzamento das ruas Spey e Leven, no que é hoje o parque de estacionamento Leeming Noel. Ela é a única mulher a ter sido executada na Nova Zelândia, e como pena de morte na Nova Zelândia foi abolida, é provável que ela irá reter essa distinção. Ela esta enterrada em Winton, ao lado do marido.

Créditos ao Wikipédia.

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